Forte da Ponta da Bandeira
Lagos Faro District Portugal
fortress
Forte da Ponta da Bandeira
Lagos Faro District Portugal
fortress
The Fort of Ponta da Bandeira (Forte da Ponta da Bandeira), also known as Pau da Bandeira Fort (Flag's Mast Fort); Fort of Nossa Senhora da Penha de França (Our Lady of the Penha de França Fort); the Fort of Registo (Registry fort); or the Fort of Lagos is situated in the city of Lagos, in the Faro District of Portugal
O Forte da Ponta da Bandeira, igualmente denominado como Forte do Pau da Bandeira, Forte de Nossa Senhora da Penha de França ou Forte do Registo, é uma antiga estrutura militar na cidade de Lagos, no Distrito de Faro, em Portugal
Previous names
Forte da Ponta da Bandeira, Forte da Ponta da Bandeira
Description
The Fort of Ponta da Bandeira (Forte da Ponta da Bandeira), also known as Pau da Bandeira Fort (Flag's Mast Fort); Fort of Nossa Senhora da Penha de França (Our Lady of the Penha de França Fort); the Fort of Registo (Registry fort); or the Fort of Lagos is situated in the city of Lagos, in the Faro District of Portugal. It was built in the 17th century, as one of the main components of a system of maritime fortifications to defend the city, then headquarters of the military government of the Algarve. Significant restoration work has been carried out over the years and the fort is considered to be one of the best-preserved 17th century fortifications in the Algarve region.
Description
The Fort is located at the point where the Bensafrim River meets the Atlantic Ocean. This position was of great strategic importance, being close to the walls of the city but with easy access to the sea. In this way it could protect both access to the quays along the banks of the river and the south-eastern and eastern sides of the walls, and allow crossfire with the bastions of Lagos Castle and the city gates.
At the time of its construction it was considered one of the most advanced in the Algarve region. It was planned for artillery battles, with a regular square-shaped layout, with thick walls on the sides facing the ocean. Access to the upper terrace is via a ramp. The building was partially surrounded by a moat, having only one entrance, which was accessed through a drawbridge. Above the entrance is a stone coat of arms, and a stone plaque indicating that construction was started by the Count of Sarzedas and completed by the Marquis of Nisa. It has several cylindrical sentry-boxes, which were not part of the original structure. Inside there are now several rooms for exhibitions, a restaurant and a small chapel, completely covered with tiles and dedicated to Saint Barbara.
History
The fort was badly damaged by the 1755 Lisbon Earthquake. Priority was given to restoring the defences of Lagos after the earthquake, in order to protect the population from raids from the sea. In 1769 it was reportedly suffering damage due to the force of the ocean waters. In the 19th century it was showing signs of decay and in 1826 it was the object of restoration work on the walls by the Ministry of War. In 1828, the fort briefly housed forty political prisoners. In an article in the newspaper O Panorama of 5 November 1842, it was reported that the Fort of Ponta da Bandeira was unable to effectively defend the bay, because it lacked the proper garrison and artillery.
In the 20th century, the fort underwent several changes in its structure. One of the biggest interventions started in 1956, when changes were made to accommodate the naval branch of the Mocidade Portuguesa, a youth organization of the totalitarian Estado Novo government. In 1960, a stone flagstone floor was installed in the courtyard, stonework was applied to the walls, the moat and the drawbridge were built, and a lighthouse was mounted on the dock attached to the fort. In 1970, considerable maintenance was carried out. At the end of the 1970s, the fort was sold to the Municipality of Lagos. Since then it has had various uses and can also be visited for a small fee.
Construction
After the beginning of the Restoration War in the 17th century, which pitted Portugal against Spain, there was a change in the Portuguese military strategy, with greater attention being paid to land defence on the Spanish border. Along the coast only batteries were installed, with functions more linked to surveillance than defence. This approach resulted from the poor state of the Spanish fleet and the signing of a peace agreement with Holland, which had a sizeable fleet. During the Restoration War the Algarve thus played a very peripheral role, and its defensive structures began to deteriorate.
After the Restoration War, the Algarve coast was frequently attacked by pirates and privateers, so the construction of a network of maritime defences was ordered to protect the city of Lagos, which at that time was the seat of the military government of the Algarve. Designed by Captain Inácio Pereira, the Ponta da Bandeira Fort began to be built around 1680, by order of Luís Lopo da Silveira, 2nd Count of Sarzedas and Governor of the Kingdom of the Algarve. It was completed in 1690, under the guidance of Francisco Luís Baltazar da Gama (1636–1707), 6th Count of Vidigueira and 2nd Marquis of Nisa. The chapel appears to have also been built at that time, since the tiles inside it also date from the 17th century.
The fort was considered one of the most advanced in the Algarve region, reflecting several decades of development of Portuguese military architecture. It has a very simple shape, being just a square with an elevated terrace facing the ocean that is reached by a ramp. There are several gun emplacements. It exemplified the change in military policies after the Restoration War, which reduced emphasis on large coastal fortresses, preferring instead more, but smaller, fortifications. The strength of its construction has meant that it has remained relatively intact, while other fortifications in the Algarve have been greatly modified or destroyed over the years.
O Forte da Ponta da Bandeira, igualmente denominado como Forte do Pau da Bandeira, Forte de Nossa Senhora da Penha de França ou Forte do Registo, é uma antiga estrutura militar na cidade de Lagos, no Distrito de Faro, em Portugal. Foi construído no Século XVII, como um dos principais componentes de um sistema de fortificações marítimas para defender a cidade, então sede do governo militar do Algarve. Foi alvo de obras de restauro no Século XIX, e nas décadas de 1950 e 1960 foi profundamente modificada pelo regime do Estado Novo. No seu interior é de especial interesse uma pequena capela dedicada a Santa Bárbara, totalmente forrada com azulejos seiscentistas. O edifício está classificado como Imóvel de Interesse Público.
História
Construção
Após o início da Guerra da Restauração, no Século XVII, que colocou Portugal contra Espanha, verificou-se uma mudança na estratégia militar nacional, tendo sido dada uma maior atenção às defesas terrestres na fronteira com Espanha, enquanto que ao longo da faixa costeira apenas foram instaladas baterias, com funções mais ligadas à vigilância e defesa restrita. Esta situação resultou do mau estado da frota militar espanhola, e devido à assinatura do acordo de paz com a Holanda. No caso do Algarve, a região atingiu uma grande importância durante o Século XVI, tendo conhecido a construção de várias fortes costeiros durante Domínio Filipino, mas no período da Guerra da Restauração teve um papel muito periférico, tendo as suas estruturas defensivas atingido um grave estado de deterioração.
Após o final daquele conflito, a costa algarvia era frequentemente atacada por piratas e corsários, pelo que foi ordenada a construção de uma rede de defesas marítimas para proteger a cidade de Lagos, que era nessa altura a sede do governo militar do Algarve. O Forte da Ponta da Bandeira começou a ser construído em 1679 ou 1683, por ordem do Conde de Sarzedas, Governador do Reino do Algarve, e Luís Lopo da Silveira, Capitão General da mesma região, tendo sido concluído em 1690, já sob a orientação do Marquês de Nisa D. Francisco Luís Baltasar António da Gama. Segundo os documentos da época, o seu director das obras foi o capitão de engenharia Inácio Pereira, não tendo ficado registado o nome do arquitecto. A capela terá sido construída desde logo com o forte, uma vez que os azulejos no seu interior também datam do Século XVII. Era nessa altura considerado como um dos mais avançados na região do Algarve, sendo o reflexo de várias décadas do desenvolvimento da arquitectura militar portuguesa, que levaram a uma profunda modificação em todos os sistemas defensivos marítimos no país, que se iniciou a partir da segunda metade do Século XVII, e só terminou durante o século seguinte. Com efeito, a fortaleza apresenta uma forma muito simples, sendo apenas um quadrado com um terraço elevado virado para o oceano, com várias canhoneiras, exemplificando a mudança nas políticas militares após a Guerra da Restauração, em que se reduziu o interesse em grandes fortalezas costeiras, preferindo-se em vez disso a instalação de várias pequenas fortificações. A resistência da sua construção e a sua localização estratégica fez com que tivesse permanecido relativamente intacta, enquanto que as restantes fortificações foram muito modificadas ou destruídas ao longo dos anos.
Séculos XVIII e XIX
Segundo um documento de 1758, o Forte da Ponta da Bandeira foi muito danificada pelo Sismo de 1755, nessa altura já teria sido reparado.Com efeito, nos programas de reconstrução das defesas após o sismo deu-se prioridade às estruturas de defesa, de forma a proteger as populações, como relatou o documento de 1758: «acha-se esta cidade no estado mais deplorável, que imaginar se pode não só por ser a que padeceu neste Reino o maior estrago, e por se achar exposta a qualquer invasão de inimigos que com facilidade se pode fazer na meia Praia por ter de longitude uma légua toda descoberta e sem defesa.
Em 1769, foi emitido um ofício sobre o estado geral em que se encontrava o forte, relatando que tinha sofrido danos devido à força das águas do oceano, e em 1805 um alvará do príncipe regente ordenou que o forte ficasse dependente da Praça Forte de Lagos.
O forte funcionou durante cerca de um século, mas no Século XIX já mostrava sinais de decadência, pelo que em 1826 foi alvo de obras de restauro por parte do Ministério da Guerra, que no entanto apenas incidiram sobre as muralhas. Em 1828, o forte albergou quarenta presos políticos, que foram depois levados para as prisões de Lagos e de Faro. Num artigo do jornal O Panorama de 5 de Novembro de 1842 sobre a cidade de Lagos, é relatado que a fortaleza da Ponta da Bandeira funcionava igualmente como registo, e que tanto esta como a da Meia-Praia eram incapazes de defender eficazmente a baía, por não terem a guarnição e artilharia adequadas. Em 1849, foi elaborada a relação dos trabalhos e o correspondente orçamento, para a instalação de um equipamento de suspensão para a ponte levadiça, documentos executados pelo major do Corpo de engenheiros, José da Silva Carvalho, e pelo capitão comandante interino do Material de Artilharia, Alexandre José de Barros.
Séculos XX e XXI
No Século XX, o forte foi alvo de várias campanhas de obras, que levaram a grandes alterações na sua estrutura. Uma das maiores intervenções foi iniciada em 1956, quando foi instalado um Centro Náutico da Mocidade Portuguesa, tendo sido reforçada a estrutura e profundamente modificado o interior, de forma a permitir a instalação de salas de ensino, arrecadações e outras funções. O programa incluiu, entre outras obras, trabalhos de conservação na capela, eliminação de duas aberturas e obras de reparação da muralha, remoção de várias paredes no interior, construção de instalações sanitárias, fornecimento de electricidade, instalação de um monta-cargas para barcos no terraço, reconstrução dos pavimentos nos espaços interiores e exteriores e a construção de quatro guaritas em cantaria, uma em cada cunhal. Foram criadas novas salas no interior, incluindo lavabos, arrecadações para material náutico, e uma sala de instrução e outra de estar. As obras continuaram no ano seguinte, tendo sido feitos vários acabamentos e pavimentos, e continuada a instalação das redes de esgotos e fornecimento de água e electricidade. As obras da rede eléctrica prolongaram-se até 1958. Em 1960, foi instalado um pavimento de lajedo de pedra no pátio, aplicada cantaria nos muros, construído o fosso e a ponte levadiça, e montado um farolim na doca anexa ao forte. Em 1970 foram executadas várias obras de manutenção, incluindo reconstrução de rebocos, substituição dos equipamentos sanitários e pintura de portas e da ponte levadiça, e no ano seguinte continuaram os trabalhos de reparação, tanto no interior como nas muralhas.
Nos finais da Década de 1970, o forte foi vendido pelo Ministério do Exército à Câmara Municipal de Lagos, que sediou no seu interior o Centro de Estudos Marítimos e Arqueológicos de Lagos. Posteriormente, várias salas foram aproveitadas para exposições temporárias, e para um pólo museológico relativo aos Descobrimentos Portugueses, e em 1994 foi instalado um restaurante. Em 1996 e de 2002 a 2003 foram feitas novas obras de remodelação, tendo a intervenção de 1996 incluído a substituição de uma gárgula em pedra. Na cobertura do forte foi organizada uma exposição de escultura, com as obras do artista lacobrigense José Maria Pereira. Em 19 de Fevereiro de 2002, o Forte da Ponta da Bandeira foi classificado como Imóvel de Interesse Público. Em 30 de Maio de 2019, o Dia do Consulado Alemão em Lagos foi celebrado no Forte da Ponte da Bandeira.
Useful information
No
Free
Ruins of the fort
-
Nearby castles
Castle of Lagos
Lagos
0.1km
castle, chateau
Castle of Senhora da Luz
Luz
5.7km
castle, chateau
Castle of Alvor
Alvor
7.4km
castle, chateau
Forte de Santa Catarina (Portimão)
Portimão
12.4km
fortress
Forte de São João do Arade
Ferragudo
13.2km
fortress
Castle of Silves
Silves
22.8km
castle, chateau
Fort of Nossa Senhora da Rocha (Porches)
Porches
25.0km
fortress