Castelo de Torres Vedras
Torres Vedras Lisboa Portugal
castle, chateau
Castelo de Torres Vedras
Torres Vedras Lisboa Portugal
castle, chateau
Castelo de Torres Vedras is a castle in Torres Vedras, Portugal
O Castelo de Torres Vedras localiza-se na freguesia de Santa Maria do Castelo e São Miguel, povoação e concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, em Portugal
Previous names
Castelo de Torres Vedras, Castelo de Torres Vedras
Description
Castelo de Torres Vedras is a castle in Torres Vedras, Portugal. Characterized by a mix of Gothic and Manueline features, it is classified by IGESPAR as a Site of Public Interest. History Use of the castle area goes back to Roman times as evidenced by the existence of two Roman cisterns, tombstones, coins and other artifacts. Primitive fortifications date back to the time of the Goths. Its first walls were constructed by North Africans (known as Moors) during the time of Muslim control of Portugal. These walls were destroyed during the Christian reconquest when the castle was seized in 1148 by Afonso I of Portugal, but were immediately rebuilt. In 1288 King Denis ordered that the defences be strengthened and extended and Ferdinand I of Aragon ordered further improvements in 1373. The Castle of Torres Vedras has served as a temporary residence for several Portuguese kings. It was here that King John I gathered the Council that decided on the conquest in 1415 of Ceuta, a Spanish enclave in North Africa, that marked the beginning of the outward-looking policies of Portugal. In 1510, Torres Vedras received a municipal charter (Foral), and six years later King Manuel I, ordered reconstruction of the castle. Around 1520, the Palace of the Alcaides was constructed by the Chief Magistrate, João Soares de Alarcão. It remains the dominant feature of the castle, despite being in ruins. In 1589, during the Philippine dynasty (1581-1640), forces of António, Prior of Crato commanded by Sir Francis Drake disembarked in Peniche and briefly took the Castle of Torres Vedras. The castle suffered heavy damage from the 1755 earthquake, particularly the Palace of the Alcaides and some of the walls. In 1809, it was integrated into the Lines of Torres Vedras, which were defensive lines established by the Duke of Wellington to protect against French invasion during the Peninsular War. Together with the Fort of São Vicente on a hill immediately to its north, the castle, with about 500 soldiers, guarded the main road between Coimbra and Lisbon. As part of the adaptation by the British Royal Engineers for this purpose the castle door was demolished. During the Liberal Wars (or Portuguese Civil War), sections of the walls facing east and some turrets on the north side were rebuilt. During the so-called Little Civil War in 1846, it served as barracks for the troops of the Count of Bonfim and was bombarded by the forces of the Duke of Saldanha, which caused the almost total ruin of the Palace. Despite its poor condition, the castle continued to function as a barracks until the end of the 19th century. In 1929, the Ministry of War transferred the property to the municipality of Torres Vedras. In 1955 there was a collapse of part of the wall to the northwest. In 1957 the castle was classified as a Property of Public Interest and this was followed by several repairs being carried out but there remained the danger of collapse to part of the walls, which happened in 1963, leading to additional repairs.
O Castelo de Torres Vedras localiza-se na freguesia de Santa Maria do Castelo e São Miguel, povoação e concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, em Portugal. Ergue-se em posição dominante sobre um monte escarpado e íngreme, envolvido pela malha urbana e por arborização. História Antecedentes A primitiva ocupação humana de seu sítio remonta à Invasão romana da Península Ibérica, conforme o demonstram diversos testemunhos arqueológicos, como lápides, moedas e outros artefatos, atualmente no Museu Municipal, assim como a análise da argamassa na alvenaria de uma das cisternas do castelo. Embora Pinho Leal remonte a primitiva fortificação de Torres Vedras aos Godos ou aos Alanos (Portugal Antigo e Moderno), terão sido os Muçulmanos que a terão reedificado. O castelo medieval À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, no contexto da conquista de Santarém (1147), a fortificação de Torres foi tomada em 1148 pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185). No ano seguinte, o soberano doou os domínios da povoação e seu castelo a D. Fuas Roupinho, nobre a quem se atribuiu a reconstrução e reforço das muralhas da fortificação. Desse modo consta ter resistido em 1184, por onze dias, ao assédio que em vão lhe foi imposto por uma coluna das tropas muçulmanas espalhadas pela região de Santarém, após o insucesso do ataque aquela cidade sob o comando do emir Abu Iacube Iúçufe. Recebeu, mais tarde, as atenções de Dinis I de Portugal (1279-1325), que reforçou e lhe ampliou as defesas (1288), e de D. Fernando (1367-1383), que lhe mandou reparar a cerca da vila (1373). À época da crise de 1383-1385, tendo o seu Alcaide-mor, João Duque, tomado partido por D. Beatriz, sofreu assédio das forças do Mestre de Avis, em fins de 1384. A povoação e o seu castelo constituíram-se em residência temporária de diversos reis de Portugal, entre os quais D. João I (1385-1433), o qual reuniu aqui o Concelho para decidir sobre a conquista de Ceuta, marco inicial dos Descobrimentos portugueses. Sob o reinado de D. Manuel (1495-1521), a vila recebeu o Foral Novo (1510), tendo o soberano lhe determinado obras de reconstrução nas defesas (1516), das quais são testemunhos a Porta em arco ogival, encimado pelas armas do soberano, ladeadas por esferas armilares com a Cruz de Cristo. Essas obras na cerca da vila prosseguiam ainda em 1519. Da Dinastia Filipina aos nossos dias Durante a Dinastia Filipina, forças sob o comando de D. António, prior do Crato, desembarcado em Peniche pela armada de Sir Francis Drake, marchando sobre Lisboa, chegaram a tomar o Castelo de Torres Vedras (1589), sendo, entretanto, desalojadas em seguida por Manuel Martins Soares e pelo Capitão António Pereira, quase sem resistência, obrigando D. António a retornar ao exílio. No alvorecer do século XVII, de acordo com o Auto de Posse de D. João Soares de Alarcão e Melo, Alcaide-mor de Torres Vedras (1604), dá-se conta de que os muros do castelo apresentavam ruína em diversos troços e que a barbacã encontrava-se desmantelada. Em meados do século XVIII o terramoto de 1755 causou o desmoronamento das edificações internas do castelo, bem como do remate das suas muralhas. Em um período posterior a 1790, a Câmara Municipal deixou de arrendar área junto às muralhas do castelo para sementeira, devido ao adiantado estado de ruína da mesma. Talvez por essa razão de perigo iminente, a Vereação tenha ordenado, em 1792, que ninguém retirasse pedra alguma dos muros, casas ou cisternas do castelo. No contexto da Guerra Peninsular, o antigo castelo medieval viu a sua posição ser revalorizada quando da construção das chamadas Linhas de Torres. À época, a sua estrutura foi reaproveitada para a instalação de artilharia e as suas dependências utilizadas como reduto n° 27 do 1º Distrito das Linhas de Torres (1810). Posteriormente, durante as Guerras Liberais, foram reconstruídos os troços de muralha a Leste e alguns torreões do lado Norte, sob a direção do Corregedor Lourenço Homem da Cunha de Eça (1830). Utilizado como quartel das tropas sob o comando do Conde de Bonfim, foi bombardeado em Dezembro de 1846 pelas do Marechal Saldanha, o que acarretou a explosão do paiol de pólvora e a sua consequente rendição. Vinte anos mais tarde, em 1866, o troço da muralha do lado da rua dos Polomés foi reparada por soldados sapadores. Afetado à Câmara Municipal de Torres Vedras por auto de 11 de Julho de 1940, recebeu algumas obras de restauro (1947), vindo a ser classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 18 de Julho de 1957. Ao final da década de 1950 iniciaram-se novos trabalhos de reparação em suas muralhas, que se estenderam até ao final do século XX, compreendendo trabalhos de consolidação, restauro, beneficiação e conservação. Em meados da década de 1980 procederam-se escavações arqueológicas, sob a supervisão do IPPC. Novos trabalhos arqueológicos têm sido levados a cabo no castelo - os últimos dos quais em 2001, organizados pelo Museu Municipal de Torres Vedras . As escavações tiveram como objectivo procurar vestígios numa antiga lixeira medieval situada em frente ao torreão norte. Entre os vestígios encontrados contabilizaram-se diversos ossos de animais, que permitiram conhecer mais aprofundadamente os hábitos alimentares da nobreza medieval.
Useful information
Free Free postoturismosantacruz@cm-tvedras.pt - Ruins of the castle - Closed on Mondays
-
External links
Nearby castles