Fort of Milreu
Ericeira Lisboa Portugal
fortress
Forte de São Pedro da Ericeira
Ericeira Lisboa Portugal
fortress
The Fort of Milreu, also known as the Fort of St
O Forte de São Pedro da Ericeira, também conhecido como Forte de Mil Regos, Forte de Milreu ou Forte da Ericeira, localiza-se na povoação da Ericeira, no concelho de Mafra, distrito de Lisboa, em Portugal
Previous names
Fort of Milreu, Forte de São Pedro da Ericeira
Description
The Fort of Milreu, also known as the Fort of St. Peter of Milreu (Portuguese: Forte de São Pedro de Milreu), is situated on the Atlantic coast 3km north of the town of Ericeira in Lisbon District of Portugal. Part of a programme to extend Portugal's coastal defences, it was built between 1670 and 1675.
History
The Fort of Milreu, was built after the Portuguese Restoration War between Portugal and Spain. Lessons learned from this war, which ended with the Treaty of Lisbon (1668), convinced the Portuguese of the need to reorganise their coastal defences by building numerous fortresses and forts along the entire coastline of the country. The choice of Milreu as a location to erect a fort was because this was the ideal place to both defend against maritime access to Ericeira from the north and protect against landings on the Beach of Ribeira de Ilhas, immediately to the north of the fort.
By 1680 the fort was already garrisoned, supplied with artillery and in full operation. Rectangular in shape and in a Mannerist style, it consisted of a battery with cannons, two circular bartizans with a conical cover, three barracks and a guardhouse. A side staircase, led to a terrace protected by a parapet. However, by 1751 it was reported to be in a poor condition as a result of a harsh winter and this was aggravated by the earthquake on 1 November 1755. By 1796 the garrison consisted of 7 soldiers and 5 gunners, and the artillery one bronze cannon and five iron cannon. The fort was abandoned in 1806 and by 1821 it was reported to be in an advanced state of ruin. Significant repairs were made in 1831-32 during the Portuguese Civil War and in 1832 it was garrisoned by Miguelist forces and artillery. However, by 1853 it was again abandoned and in a degraded state.
In 1871, parts of the fort were used in the rebuilding of the Church of São Pedro da Ericeira. With no remaining military function its bronze cannon were sent to Lisbon in 1880 and it was occupied by the Portuguese Fiscal Guard in 1891. Some repair work was carried out between 1908 and 1910 but this ceased with the dissolution of the monarchy in 1910. In 1940, work finally began to restore the fort but the following year it officially ceased to be considered a military fortification and responsibility for its management was handed over to the Ministry of Finance. Between 1946 and 1992 there were many ideas for the use of the building, such as a café or restaurant, but none materialised. The Fort of Milreu was classified as a Property of Public Interest in 1977 and the Directorate General of National Buildings and Monuments (DGEMN) rebuilt the wall and made other repairs in 1984 and in 2001. Nevertheless in 2019 it remained in a degraded condition.
O Forte de São Pedro da Ericeira, também conhecido como Forte de Mil Regos, Forte de Milreu ou Forte da Ericeira, localiza-se na povoação da Ericeira, no concelho de Mafra, distrito de Lisboa, em Portugal.
É o último remanescente dos poucos fortes erguidos à época da Restauração da Independência para defesa daquele trecho do litoral. Destinava-se a controlar o acesso marítimo à Ericeira pelo setor norte e, ao mesmo tempo, prevenir qualquer tentativa de desembarque na baía vizinha, formada pela praia de Ribeira de Ilhas.
História
Antecedentes
A primitiva ocupação da região remonta aos Fenícios, por volta do ano 1000 a.C..
À época da invasão romana da Península Ibérica, no local de Furnas, terá existindo um santuário em honra da deusa Ericina, cultuada originalmente no monte Erix, na Sicília.
No contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, por volta de 1190, sob o reinado de Sancho I de Portugal (1185-1211), dada a importância da atividade pesqueira na povoação, o soberano concedeu ao povo da Ericeira o direito de se auto-governar.
Mais tarde, no reinado de D. Sancho II (1223-1248) o frei D. Fernão Monteiro, Grão-Mestre da Ordem de Avis, institui o Concelho de Eyrizeira por Carta Foral passada em 1229.
No testamento da donatária, D. Maria Anes de Aboim, em 1337, lê-se o nome da povoação como Erizejra. Ainda nesse século foi confirmado o foral à vila em 1369 que, posteriormente receberia de D. Manuel I (1495-1521) o Foral Novo, em 1513.
Data deste período, no início do século XVI, a primitiva fortificação da vila: a 12 de agosto de 1505, Pedro Anes solicitou à Câmara da Ericeira que concorresse para as obras do porto de mar, compreendendo uma torre com respectiva muralha e outras construções apropriadas para a defesa.
Na sequência desse projeto, em 21 de agosto de 1507 o soberano determinou à Câmara que avaliasse os bens dos moradores, com vistas ao lançamento de uma taxa destinada às obras do cais do porto, empregando-se cantaria de pedra. Face aos custos envolvidos, a Câmara contrapropôs que as mesmas fossem realizadas em alvenaria, menos dispendiosa.
Em 1589 D. António, prior do Crato, fez uma tentativa mal-sucedida de desembarque de tropas no Forte dos Mil-Regos (Forte do Milreu).
O atual forte
No contexto da Guerra da Restauração da Independência, procedeu-se a construção do Forte de São Pedro da Ericeira (1670), dele havendo notícia em 1675, quando foi inspecionado pelo marechal de campo, marquês de Fronteira, quando se registrou ausência de artilharia e guarnição. Para guarnecê-lo, a 26 de janeiro de 1680, João de Sousa Noronha, seu governador, solicitou à Câmara um Alvará que dispensasse os moradores do Real Serviço, caso eles se comprometessem a fazer a segurança do forte. A este governador sucederá, em 1706, Francisco de Almeida Carvalho e, em 1735, José de Mendonça. Ao tempo deste último, o forte contava com sete peças de artilharia.
Danificado pelas fortes intempéries registradas na região em 1751, procedeu-se à reconstrução de alguns elementos estruturais, cuja estabilidade foi seriamente agravada pelo terramoto de 1755, entrando o forte em processo de ruína.
Do século XIX aos nossos dias
No início do século XIX, a 3 de janeiro de 1819, o governador do forte e a Câmara solicitaram auxílio ao soberano, visando a reconstrução do cais, desmoronado por ação do mar.
No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), foi reparado entre 1831 e 1832, sendo utilizado pelas forças miguelistas. Entretanto, em meados do século recaiu outra vez em abandono, levando a que por requerimento endereçado em 1871 ao Ministro da Guerra, fosse solicitada a utilização de algumas das suas lajes no restauro e construção dos anexos da igreja de São Pedro da Ericeira, o que foi prontamente anuído, enquanto que, na década de 1880, foi recolhida a artilharia remanescente.
Em 1891, a Guarda Fiscal instalou-se nas dependências do Forte da Ericeira e na antiga Casa do Governador, anexa ao mesmo, utilizada à época como escola para meninas. Nesse período, em 1896, tendo desabado parte da muralha do forte, o orçamento para os reparos devidos elevou-se a 35 contos de réis.
O século XX
No início do século XX o antigo forte foi reartilhado por determinação de D. Manuel II (1908-1910).
Novamente abandonado, em 1940 foi reedificada a muralha subjacente, passando o imóvel a ser tutelado pelo Ministério das Finanças. Nesse período, em 1945, foram feitos projectos pela Junta de Turismo da Ericeira, contemplando a adaptação do antigo forte a miradouro, a instalação de uma casa de chá e o estabelecimento de uma pousada.
Classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto 129/77, publicado em 29 de Setembro de 1977, o forte apenas foi objecto de conservação na década de 1980, quando a DGEMN procedeu à reconstrução da muralha e do pavimento do terraço.
Atualmente conservam-se os seus espaços mais importantes: a bateria, formada por uma ampla esplanada voltada para o mare a casa-forte, pelo lado de terra, comporta por compartimentos abobadados.
Características
O forte apresenta planta rectangular, em estilo maneirista, com cobertura em terraço. No frontispício rasga-se o portão de armas em arco pleno. Apresenta bateria com canhoneiras e duas guaritas cilíndricas com cobertura cónica.
Useful information
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Great view
Ruins of the fort
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