Palace of Estoi
Faro Faro Portugal
manor, mansion
Palácio de Estoi
Faro Faro Portugal
manor, mansion
THIS FORMER STATELY HOME HAD a fragmented history before it was renovated into a luxury hotel
O Palácio de Estoi, igualmente conhecido como Casa de Estói, Quinta de Estói e Quinta do Carvalhal, e originalmente como Jardim de Estoy, é um monumento e uma unidade hoteleira, situada nas imediações da localidade de Estói, no concelho de Faro, na região do Algarve, em Portugal
Previous names
Palace of Estoi, Palácio de Estoi
Description
THIS FORMER STATELY HOME HAD a fragmented history before it was renovated into a luxury hotel.
Construction on the home began in the 1840s. However, work ceased when the owner died and the structure stood incomplete for many years. That is until local businessman, José Francisco da Silva, financed a project with his fortune to complete the grand design.
The result was a unique example within Portugal of Romantic-style architecture with its fine pink rococo façade and Versailles-style gardens. Inside, the palace has a rococo-style décor, with frescoes, elaborate carvings, wood paneling, ornate stucco ceilings, and gilded furniture. The gardens are arranged on three levels, all connected by grand staircases decorated in vibrant blue azulejo tiles with hidden grottos below. Construction of the palace was completed in 1909.
The grand palace, with its luxurious neoclassical details along with the work of Silva, was noticed by King Carlos I, who was so impressed that he appointed Silva the title of Viscount of Estoi.
After Silva’s death in 1926, the palace then passed between several family members and new owners. In 1977, the palace and its gardens, fountains, and statues were classified as a Property of Public Interest. By the 1980s, the estate had fallen into a state of disrepair and it was eventually acquired by Faro Municipal Council.
The restoration of the palace and grounds was financed by the Portuguese Tourist Office, and the palace was converted into a Pousada (a state-owned hotel in a building of historical interest). Restoration and renovations were completed in 2009 by award-winning architect Gonçalo Byrne. It was then converted into a luxury hotel.
Know Before You Go
Less than ten kilometers from the city of Faro. There is regular bus service from Faro to Estoi.
The gardens are open to visitors, including those not staying as guests at the hotel. Access to the gardens is via the hotel's main entrance. The gardens are floodlight at night.
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O Palácio de Estoi, igualmente conhecido como Casa de Estói, Quinta de Estói e Quinta do Carvalhal, e originalmente como Jardim de Estoy, é um monumento e uma unidade hoteleira, situada nas imediações da localidade de Estói, no concelho de Faro, na região do Algarve, em Portugal. Considerado um dos principais monumentos do Algarve, destaca-se devido à sua riqueza tanto arquitectónica como decorativa, combinando elementos dos estilos barroco, rococó, neoclássico e romântico. Teve a sua origem numa quinta do século XVIII, fundada por Francisco de Pereira Coutinho, tendo a construção do palácio começado em meados do século XIX pelo seu filho, Fernando de Carvalhal e Vasconcelos. Porém, este faleceu antes da conclusão das obras, que foram retomadas pelo seu irmão Luís Filipe do Carvalhal, embora tenha igualmente expirado antes do palácio estar construído. Assim, a propriedade passou para o irmão mais novo, José Maria Pereira do Carvalhal, e depois para as suas irmãs. A propriedade ficou ao abandono até à década de 1890, quando foi comprada por José Francisco da Silva, que reiniciou as obras, tendo o palácio sido inaugurado em Maio de 1909. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1977, e na década de 1990 iniciou-se o processo de conversão da propriedade numa unidade turística, a Pousada Palácio Estói, inaugurada em 2009.
A casa apresenta uma fachada de certa simplicidade, mas revela no seu interior o gosto opulento da época, sobretudo na decoração de algumas salas ricamente trabalhadas de estuques e em cujos tetos se conservam pinturas de certo interesse. A mais notável é a grande sala de baile, que ocupa o corpo central da casa, simultaneamente magnifica e fria na profusão de estuques, espelhos e pinturas, estas assinadas por alguns artistas portugueses e italianos da época. Tambem são de grande interesse os jardins, que se desenvolvem em três planos, fazendo uso de escadarias comunicantes comunicantes e de lanços opostos e outros elementos arquitetónicos que lembram ainda os jardins setecentistas, com laranjeiras e palmeiras, que condizem com o seu alegre estilo rococó. O terraço inferior exibe um pavilhão e azulejos azuis e brancos assinados por Pereira Júnior entre 1899 e 1904, a Casa da Cascata, no interior da qual se encontra uma cópia das Três Graças, de Canova. O terraço superior, o Patamar da Casa do Presépio, tem um grande pavilhão com vitrais, fontes decoradas com ninfas e nichos em azulejos. Encontram-se ainda numerosos bustos de cerâmica, coroando os muros, representando diversas personagens - bustos de D. Carlos I, Vasco da Gama, Goethe, Schiller, Bocage, Feliciano de Castilho, Almeida Garrett, Bismarck e Moltk, Milton, Herculano, Camões, etc.
Descrição
Localização e acessos
O Palácio de Estói está situado sensivelmente a Norte da aldeia com o mesmo nome, estando integrado na sua malha urbana. Tem acesso pelas ruas da Horta Nova e de São José, sendo nesta última a entrada principal do palácio. O sítio arqueológico das Ruínas romanas de Milreu situa-se nas proximidades do palácio. A aldeia de Estoi situa-se numa área de ambiência rural, de transição entre o Barrocal e a faixa costeira do Algarve.
Conservação e importância
O conjunto do palácio e dos seus jardins destaca-se pela sua mistura de estilos, tendo sido considerado como um importante exemplo da arquitectura romântica no país, e provavelmente o único na região do Algarve, devido às suas grandes dimensões. Além da sua riqueza artística, também é de grande interesse devido aos equipamentos para armazenamento e distribuição de água, e à conjugação dos jardins com espaços dedicados à produção agrícola. É considerado um dos principais monumentos de Estói, em conjunto com as Ruínas romanas de Milreu. Devido à sua riqueza patrimonial, Estoi é considerada como uma das mais destacadas aldeias na região do Algarve. O Palácio e os seus jardins foram classificados como Imóvel de Interesse Público, fazendo igualmente parte da zona de protecção do Núcleo Urbano Antigo de Estói.
Composição
O Palácio de Estoi é um exemplo de uma antiga casa senhorial, utilizada principalmente nos períodos de veraneio, podendo ser classificado como uma quinta de recreio, devido à sua composição, formada pelo edifício palacial em si, e vários espaços abertos, incluindo extensos jardins. O conceito da quinta de recreio surgiu no Século XVIII no Algarve, como uma propriedade que combinava as vertentes económica e de lazer. No caso do Palácio de Estoi, as áreas produtivas, como os pomares de citrinos, foram organizadas em combinação com os espaços ajardinados, que incluem vários estruturas e equipamentos lúdicos, como casas de fresco, pavilhões de chá, um coreto, e vários lagos artificiais. O palácio não é o único exemplo de uma quinta de recreio no concelho de Faro, existindo outros imóveis que podem ser classificados com esta tipologia, como a Horta dos Macacos e a antiga Quinta da Família Bívar Cumano. O complexo foi organizado sensivelmente no sentido Norte - Sul, com a fachada principal orientada para o sentido setentrional, de forma a deixar o edifício do palácio e os jardins virados para Sul.
Embora o complexo do palácio seja uma entidade separada do resto de Estoi pela sua arquitectura e estrutura dos vários espaços, ainda assim mantém uma ligação à aldeia através da rede viária, que condicionou a sua organização. Esta situação é particularmente visível numa rua que atravessa completamente a propriedade, que parte do Jardim de Ossónoba, em Estoi, e que dá acesso a vários terrenos agrícolas, levando à divisão dos jardins em duas áreas distintas. Por outro lado, o próprio palácio e os seus terrenos também impuseram limites à expansão urbana de Estoi, principalmente na zona Norte.
Palácio
O edifício do palácio em está disposto num só piso, de forma horizontal, com o corpo central mais elevado e saliente em relação ao resto da fachada. Os vários volumes do palácio estão organizados sensivelmente em forma da letra U, tendo no centro um espaço verde de planta quadrangular, o Jardim do Carrascal, que era considerado originalmente com a entrada principal do palácio. fachada exterior é relativamente sóbria, tendo sido organizada de forma simétrica, e contando com elementos decorativos em argamassa, de forma a imitar o calcário. A fachada interior, virada para os jardins, está dividida em três panos por pilastras de ordem jónica, sendo cada um destes panos rasgado por um vão de sacada, de forma semicircular, rematado por óculo de frontão contracurvo. O edifício, que corresponde à parte superior do complexo do palácio, foi construído numa plataforma artificial, de forma a dominar os jardins e a zona produtiva, de acordo com os trâmites iluministas do século XVIII. Esta disposição também foi motivada pela própria natureza dos terrenos no local do edifício, que formam um declive proeminente.
O edifício ostenta uma miscelânea de estilos, sendo principalmente baseado no Barroco italiano, com elementos do neoclássico, Neorrococó e a Arte Nova. Vilhena de Mesquita descreveu o palácio em 1988 como tendo vinte e oito salas, sendo de especial interesse, pelas suas dimensões e pela riqueza do seu mobiliário e decoração, o Salão Nobre, a Sala de Jantar e a Sala de Visitas, esta última igualmente conhecida como Sala Azul. A decoração interior utilizou o modelo francês do século XVIII, tendo por exemplo o Salão Nobre sido composto no Estilo Luís XV. Esta sala foi decorada com pinturas em tela no tecto e nas janelas, da autoria de Adolfo Greno, em conjunto com telas de pequenas dimensões do artista José Maria Pereira Júnior, enquanto que a pintura dourada do estuque foi assinada por Manuel da Costa.As peças de mobiliário foram fornecidas pela companhia de Manuel Marino, e exibem laqueados do artista Domingos Costa. Adolfo Greno e Domingos Costa também trabalharam na decoração interior da Igreja de Estoi. A Sala de Jantar também se destaca pela suas pinturas do tecto, executadas por José Maria Pereira Júnior, e pelo seu mobiliário em nogueira, com entalhes em estilo italiano. Em seguida situa-se a Sala de Visitas, igualmente decorada de acordo com o padrão Luís XV, salientando-se o tecto, executado por Domingos Costa, e o mobiliário, igualmente suprido pela empresa de Manuel Marino. No interior do edifício também merecem destaque duas saletas, com tectos pintados pela artista Maria Barreta, de Nápoles, e o vestíbulo, por onde se dá acesso ao Jardim do Carrascal. Os compartimentos do palácio são de plantas quadradas e rectangulares, aos quais se tem acesso por longos e estreitos corredores, mas grande parte das salas têm portas de ligação entre si.
Capela e pousada
No lado ocidental do edifício do palácio situa-se a capela, que também faz fronteira ao Jardim do Carrascal. Tem uma planta longitudinal, com uma só nave, e uma imponente torre sineira. A fachada principal tem um só pano, e é encimada por um frontão de perfil triangular. O interior da capela também apresenta uma estética Luís XV, com as paredes forradas de azulejos, e o tecto pintado com cenas da Ascenção de Cristo, pelo artista Francisco Luís Alves. A capela era dedicada à Sagrada Família, possuindo originalmente no altar-mor um quadro com este tema, pintado em 1755 pelo autor S. S. Ferreira, da Academia de Belas-Artes de Madrid, mas que em 1988 tinha sido recentemente furtado. Também são de interesse os dois altares laterais, e duas pinturas seiscentistas, uma destas atribuida a Bento Coelho da Silveira. Outros elementos de relevo no palácio incluem uma torre para acesso às coberturas, um depósito de água e duas casas de fresco.
A pousada tem sessenta e três quartos, situados num anexo no lado poente do palácio, enquanto que o edifício original foi reutilizado como área lúdica e de serviços, como a recepção e o restaurante. Inclui igualamente uma área para exposições, com um núcleo muselógico relativo à evolução histórica da região.As antigas cozinhas do palácio foram reconvertidas num estabelecimento de restauração, o Visconde, tendo sido preservados alguns elementos originais daquele espaço, como o sistema telefónico, o fogão, a chaminé e os lavatórios.
Jardins
Enquanto que o edifício do palácio foi construído numa zona acidentada, a parte da quinta, correspondente aos jardins e zona produtiva, foram instalados em espaços mais planos, mais adequados às práticas agrícolas. Esta área desenvolve-se em três níveis, unidos por escadarias duplas, com lanços opostos. Estão decorados com bustos, estátuas, painéis de azulejos e outros elementos, destacando-se um presépio da escola portuguesa do século XVIII. O estilo dominante dos jardins é o barroco, sendo as estátuas e a decoração mural já segundo os padrões do século XIX.
Vilhena Mesquita descreve o caminho de acesso ao palácio como uma «interessante alameda, ao longo da qual se nos deparam alguns trabalhos saidos da paleta de Domingos António da Silva Meira, entrecortadas pela alvenaria dos irmãos José e Joaquim Aleixo e pelas cantarias do mestre José Lopes e de José Maria Paulino Fernandes, que sustentam os férreos rendilhados do serralheiro Joaquim José da Fonseca.». A entrada do Palácio pelos jardins faz-se através de uma portada, de aparência monumental, seguindo-se um arruamento central que percorre os vários patamares ajardinados e as zonas de produção agrícola. Este corredor é ladeado por árvores de espécies exóticas, e decorado por vários bustos de figuras ilustres da história nacional, como António Feliciano de Castilho, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Almeida Garrett e o Marquês de Pombal, sendo de destacar igualmente duas estátuas colocadas originalmente para suportar equipamentos de iluminação, e que foram elaboradas na oficina de Ferdinand Fabri et Figlio, em Florença. Em seguida está o primeiro patamar, com uma porta encimada pelo brasão da família Carvalhal, e que dá acesso à Sala da Cascata, idealizada como uma estufa fria. No seu interior está a escultura conhecida como Três Graças, esculpida na Galeria Androny, de Pisa, e baseada numa escultura de Antonio Canova, igualmente denominada de As Três Graças (en), que procura emular os modelos do período renascentista do Nascimento de Vénus. As paredes estão decoradas com mosaicos fabricados em Génova pelo artista Marches Andrea. O andar superior é marcado por um lago rodeado por uma balaustrada, que tem no centro uma escultura em mármore de Carrara, conhecida como Fonte de Ossónoba, com estátuas de sereias, de onde saem jogos de água. A parede de suporte ao terceiro piso, no outro lado do lago, é rasgada por três portas rematadas por arcos de volta perfeita, dando acesso a um pavilhão onde se se situa um presépio, do artista José Pedro da Cruz Leiria. Nesta área também se destaca o conjunto decorativo dos cantos onde se iniciam as escadarias, com primorosos painéis de azulejos polícromos, encimados por baixos-relevos alusivos às fases do anoitecer e amanhecer.
O terceiro e último plano está situado junto ao volume principal do palácio, ao qual tem acesso por escadarias, e pode ser considerado como o jardim formal. Possui dois mirantes, também conhecidos como salões de chá, nos cantos fronteiros ao segundo piso, ornados com várias pinturas bucólicas de Francisco Sousa Alves, destacando-se os desenhos na cobertura, simulando paisagens da Suíça. Também são de especial interesse os painéis de azulejos em tons azuis e brancos, de José Maria Pereira Junior, e os vários bustos de grandes personalidades da política e das artes, como Luís Vaz de Camões, John Milton, Otto von Bismarck e Helmuth von Moltke, em conjunto com figuras da mitologia clássica, como Júpiter, Vénus e Diana. Na parede fronteira ao palácio estão duas esculturas em mármore de Carrara, elaboradas por Louis Samain (en) em 1800, que representam pastores do Piemonte, que se destacam pelo seu realismo e beleza a nível artístico. Do lado nascente deste patamar situa-se uma estrutura alusiva às Ruínas romanas de Milreu.
No lado oposto do edifício situa-se um outro espaço verde, o Jardim do Carrascal, que era a entrada original do palácio, e que estava decorado com várias estátuas, que foram posteriormente removidas. Uma outra porta de entrada dos jardins situa-se nas imediações do Largo da Igreja.
Useful information
Free
Free
- Palace Gardens
- WiFi
recepcao.palacioestoi@pousadas.pt
- Private property (hotel)
- Pets are allowed
- Accessible for wheelchairs
- Events and meetings arrangement
- Guided tours are available
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External links
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