Castle of Loulé
Loulé Faro Portugal
castle, chateau
Castelo de Loulé
Loulé Faro Portugal
castle, chateau
Castle of Loulé (Portuguese: Castelo de Loulé) is a castle in the municipality of Loulé, in the Portuguese Algarve
O Castelo de Loulé é um monumento militar na cidade de Loulé, na região do Algarve, em Portugal
Previous names
Castle of Loulé, Castelo de Loulé
Description
Castle of Loulé (Portuguese: Castelo de Loulé) is a castle in the municipality of Loulé, in the Portuguese Algarve. Classified a National Monument, since 20 June 1924, three towers remain within the cordon of walls, the remnants of the alcaldaria located within the structure. History The Romans first occupied the site, then the remnants of a local castro around the 2nd century, and transformed it into a defensible military fortification and politico-administrative center. In 715, the site was occupied by the Moors. The site was conquered in the 11th century by Ferdinand, King of León, but held for little time. It was definitively occupied in 1249 by D. Paio Peres Correia. Several years later (1268) Afonso III had the area populated after reconstructing and expanding the walls. During this period two of the main towers, including the keep tower, were constructed, but the six gates suggest the existence of other towers (only ruins remain). A foral (charter) was issued in 1266 from Lisbon by Afonso III of Portugal. Between 9–12 April 1359, King Peter I overnighted at the alcadaria. In 1422 or 1462, Henrique de Meneses, 1st Count of Loulé re-built the towers and walls of the castle. A new foral was issued by Manuel of Portugal in 1501. King Sebastian of Portugal overnighted on 29 January 1573. The castle was damaged during an earthquake in 1969. The site was taken-over by the Instituto Português do Património Arquitetónico, on 1 June 1992, under Decree 106F/92 (Diário da Republic, Série IA, 126). In 2001 a protocol was signed between the municipal council and the DGEMN in order to facilitate the protection and conservation of the patrimony in the municipality, that included the castle grounds. This document was supplemented on 18 January 2013 (Diário da República, Série II, 13, Anúncio de Procedimento 232/2013) relative to the remodeling of the Praça D. Afonso III, Rua D. Paio Peres Correia and Largo das Bicas Velhas (Chafariz). Architecture The remains of the castle and walls are visible from the roads Rua da D. Paio Peres Correia, Rua das Bicas Velhas, Rua da Barbacã and Largo D. Afonso III, as well as incorporated into the buildings. The majority of the walls are integrated into the buildings of the growing city, outside the perimeter of the original walls.
O Castelo de Loulé é um monumento militar na cidade de Loulé, na região do Algarve, em Portugal. O castelo foi originalmente construído durante a ocupação islâmica, que se iniciou em 715, tendo provavelmente sucedido a uma fortaleza romana. Foi definitivamente tomado pelas forças cristãs nos finais do Século XIII, durante o período da Reconquista, tendo depois sido alvo de grandes obras de reconstrução e ampliação, embora tenham permanecido alguns vestígios das estruturas defensivas islâmicas. Grande parte do castelo foi progressivamente desaparecendo devido à expansão urbana, restando apenas algumas torres e lanços das muralhas, que foram preservados como Monumento Nacional em 1924. História Antecedentes Ao longo dos séculos, foram apresentadas várias teorias sobre a fundação da povoação que depois viria a ser Loulé, tendo alguns autores defendido que foi feita ainda durante a pre-história, outros avançaram que era de origem cartaginesa, enquanto que uma terceira teoria sustentava que só teria sido criada durante o domínio romano. Também se especulou que Loulé poderia ter sido a antiga cidade de Carteia, que segundo alguns historiadores poderia ter sido fundada pelos povos Cónios, enquanto que outros defendem uma origem fenícia. Porém, esta associação não era possível de acordo com os registos históricos de Carteia, que afirmam que era uma cidade costeira, motivo pelo qual alguns investigadores apontaram que estaria localizada sensivelmente no mesmo local de Quarteira. Com efeito, escavações arqueológicas feitas nas imediações daquela localidade descobriram peças romanas, e um importante conjunto de ruínas de edifícios antigos. No Século II a.C., um castro primitivo terá sido ocupado pelas tropas romanas, tendo ali instalado um importante centro militar, político e administrativo. De qualquer forma, confirma-se que já existia uma povoação no local de Loulé antes da invasão islâmica, tendo sido encontrados alguns vestígios romanos, principalmente uma ara votiva, e outros que possivelmente datam da Proto-história. Domínio islâmico A povoação terá sido conquista pelas forças islâmicas no ano 715. Durante o período em que a região esteve sob o domínio islâmico, Loulé era conhecida como al-Ulya, ou Aloalia, nome que foi referido pelo geógrafo muçulmano Ibne Saíde Almagribi. Este nome significava o Outeiro, e que provavelmente foi inspirado pela sua localização. A povoação atingiu uma grande importância como centro administrativo, como descrita pelos geógrafos muçulmanos. Com efeito, o próprio castelo pode ser considerado como um dos testemunhos da importância da cidade islâmica, devido ao grande perímetro no interior das muralhas. Em comparação, as muralhas a cidade de Silves, que foi a capital da região durante o período islâmico, só encerravam uma área com mais dois hectares. Loulé poderá ter sido a povoação sem acesso ao mar no Algarve com a maior área intra-muralhas, durante o período islâmico. A partir do século VIII, com a Invasão muçulmana da Península Ibérica, forma-se Al’-Ulyã, referida, às vésperas da Reconquista cristã, nas crônicas de Ibne Saíde e Abd Aluhaid, como uma pequena almedina fortificada e próspera, pertencendo ao Reino de Niebla, sob o comando do Taifa Ibne Mafom. Dessa estrutura almóada resta-nos a torre albarrã, em taipa (Torre da Vela). O castelo de Loulé foi tomado pela primeira vez pelos cristãos durante o Século XI, por forças de D. Fernando, Rei de Leão. A cintura de muralhas poderá ter sido construída, ou pelo menos reforçada, durante o Século XII, altura em que o território estava sob o controle do Califado Almóada. Alta Idade Média A cidade islâmica de al-Ulya foi uma das últimas na região a serem reconquistadas pelas forças cristâs, tendo sido tomada em 1249 por D. Paio Peres Correia, mestre da Ordem Militar de Santiago. Um local junto a Loulé ficou conhecido como Cabeço do Mestre, por ter sido, segundo a tradição popular, o sítio do acampamento de D. Paio Peres Correia e das suas tropas. No mesmo dia em que tinha montado o acampamento, terá sido atacado pelas forças islâmicas de Loulé no sítio dos Furadouros. Segundo uma crónica da conquista do Algarve, citada por Ataíde Oliveira um grande número de cristãos pereceram junto às muralhas, durante a batalha para a conquista da cidade. A conquista de Loulé fez parte de uma campanha militar de D. Afonso III para libertar o Algarve do domínio islâmico, tendo nesse ano sido igualmente reconquistadas as povoações de Silves, Albufeira, Porches e Faro. Após a reconquista, as populações islâmicas na região refugiaram-se em grande número nas costas mediterrâneas de África, deixando muitos dos centros urbanos no Algarve em ruínas e desabitados. De forma a promover o repovoamento da região, D. Afonso III ordenou a reconstrução das povoações e deu grandes benefícios aos habitantes. No caso de Loulé, a povoação não terá sido muito atingida pelo processo da reconquista, uma vez que o monarca só ordenou a sua reconstrução cerca de dezassete anos depois. D. Afonso III concedeu o foral a Loulé em 1266 ou 1267, e ofereceu aos residentes da vila os mesmos direitos que tinha dado aos de Faro, Silves e Tavira. Também ordenou a realização de obras de reconstrução e ampliação do castelo, passando a ser composto por uma torre de menagem e uma muralha com seis portas, permanecendo algumas destas, incluindo a Porta de Faro, ainda com vários vestígios das estruturas islâmicas primitivas. As dimensões da nova cintura de muralhas, e o grande número de portas indica que Loulé teria continuado a ter um considerável número de habitantes. Com efeito, um documento de D. Afonso III, com a data de 1266, regista a presença de várias igrejas, o que indica que já residia um grande número de cristãos em Loulé. Elevada a sede de concelho pelo foral de 1266, D. Dinis doou a povoação e seus domínios à Ordem de Santiago (1280), dotando-a posteriormente de uma grande feira, com duração de quinze dias, no mês de Setembro (1291). Entre 9 e 12 de Abril de 1359, ficou registada a estadia de D. Pedro I na alcaidaria do castelo. No contexto da crise de 1383-1385, a vila também enfrentava dificuldades, conforme o testemunho do Camareiro-mor João Afonso, segundo o qual Loulé estava bastante despovoada, o seu castelo estava ermo de muralhas e no seu interior existiam bastantes pardieiros (Actas de Vereação, 1385). Reporta ainda que corria no Concelho a notícia de que as forças de Castela se preparavam para entrar em Portugal. Diante da gravidade da informação e para precaver um eventual ataque, a Vereação decidiu reparar a torre que encimava a Porta de Faro e levantar as muralhas e ameias do flanco sul da cerca da vila. Sensível a este estado de coisas, D. João I (1385-1433) concedeu privilégios especiais à população do termo da Vila para habitar o interior da Cerca e doou o pardieiro em frente à Igreja de São Clemente, para construção de um adro. Período moderno Com o ciclo dos Descobrimentos portugueses, a região do Algarve, vivenciou um novo surto de crescimento econômico, do qual também Loulé se beneficiou, exportando vinho, azeite, frutas e peixes secos e sal. Graças a esses recursos, a partir de 1422, as muralhas do castelo foram reedificadas por D. Henrique de Meneses, 1º conde de Loulé. O rei D. Afonso V concedeu a D. Henrique de Meneses o título de Conde de Loulé e o senhorio da vila. Este ordenou a reconstrução das muralhas, tendo alegadamente sido descobertas estruturas de origem romana durante as obras, mas os relatos não são fiáveis devido à sua imprecisão. Os trabalhos de reconstrução foram feitos em 1422 ou 1462. Posteriormente o senhorio passou para o Conde de Marialva, Francisco Coutinho, que depois o ofereceu à sua filha, Guiomar Coutinho, como dote pelo seu casamento com o Infante D. Fernando, filho do rei D. Manuel. Em 1501, ou 1504, aquele monarca concedeu um novo foral a Loulé. Como não sobreviveram quaisquer descendentes deste casamento, o senhorio de Loulé passou a fazer parte da coroa, na qual permaneceu até que foi entregue aos Condes de Vale de Reis. Em 29 de Janeiro de 1573, o rei D. Sebastião passou a noite na alcaidaria do castelo. Durante a Dinastia Filipina, no levantamento das defesas algarvias efetuado entre os anos de 1617-1618 pelo engenheiro-militar e arquitecto napolitano Alexandre Massai, o Castelo de Loulé consta como apresentando a maior parte dos muros em taipa danificados e ruídos. Da Restauração ao Século XX Após a Restauração da independência, diante da evolução da artilharia, o Castelo perdeu o seu valor defensivo. Desse modo, o crescimento urbano gradativamente foi absorvendo os antigos muros, processo que se acelerou a partir dos danos impostos pelo terramoto de 1755, que destruiu a maior parte da vila. As torres do castelo desabaram, assim como grandes troços da muralha. A reconstrução da malha urbana privilegiou os setores residenciais, onde solares e palacetes passaram a se destacar. No século XIX, foram loteadas e ocupadas para fins residenciais e comerciais as áreas adossadas às muralhas do Castelo, das quais foram demolidos alguns troços. Com o aumento da população de Loulé, a vila passou a ter falta de espaço dentro das muralhas, forçando os moradores a construírem edifícios do lado de fora. Este processo de expansão urbana, em conjunto com a perda das funções defensivas, levou ao progressivo desaparecimento das muralhas, que foram quase totalmente demolidas ou integradas em edifícios, para servirem como paredes. O Sismo de 1755 destruiu grande parte do castelo, junto com vários edifícios de Loulé. Em 1799, D. Maria I fundou o Marquesado de Loulé, que condeceu ao oitavo Conde de Vale de Reis, Agostinho Domingos José de Mendonça Rolim de Moura Barreto. Este foi condenado à morte em 21 de Novembro de 1811, como traidor à pátria, por ter estado do lado das forças francesas durante as Invasões Napoleónicas, mas foi perdoado por D. João VI. Porém, foi assassinado em Fevereiro de 1824, no Paço Real de Salvaterra de Magos. Em 1842, foi construído um solar no local da antiga muralha junto à Porta da Rua do Postigo, que foi depois adquirido pela autarquia para ser utilizado como Paços do Concelho. Para a construção do solar, a muralha terá sido totalmente destruída, ou parcialmente integrada na estrutura do edifício. Durante o Século XX, as muralhas foram alvo de alguns trabalhos pontuais de restauro, que consistiram principalmente na reconstrução parcial de alguns lanços, em altura. Estas obras, que incidiram sobre partes das muralhas e as torres, foram feitas pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Os remanescentes do castelo foram classificados como Monumento Nacional por um decreto de 28 de Junho de 1924. Em 1969, as muralhas foram danificadas por um sismo. Em 1985, a Portaria n.º 425 definiu a Zona de Especial Protecção, que também incluiu a Igreja Matriz, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, o portal e o cruzeiro da Misericórdia, e as ruínas da Igreja da Graça. Em 1 de Junho de 1992, foi publicado o Decreto-lei 106F, que entregou a gestão do monumento ao Instituto Português do Património Arquitectónico. Após os trabalhos de conservação e restauração desenvolvidos no século XX, o conjunto no interior do castelo é utilizado como museu arqueológico e como biblioteca municipal. O Museu Municipal de Loulé foi inaugurado em 25 de Maio de 1995. Século XXI Em 2001, foi assinado um acordo entre a autarquia de Loulé e a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, no sentido de proteger o património existente no concelho. Em 18 de Janeiro de 2013, foi publicado o Anúncio de Procedimento n.º 232, para o arranjo urbanístico da Praça D. Afonso III, Rua D. Paio Peres Correia, e o Largo das Bicas Velhas (Chafariz). Em Abril de 2015, tiveram lugar vários eventos no Museu Municipal de Loulé e na na Sala Polivalente da Alcaidaria do Castelo, inseridos nas comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que incluíram a apresentação de vários documentários sobre Loulé, elaborados no âmbito do programa Documentar Loulé Interior da Algarve Film Commission, e o lançamento do livro Memórias dos Sabores do Mediterrâneo, de Susana Gómez Martínez. Em Fevereiro de 2016, o Museu candidatou-se à Rede Portuguesa de Museus, processo que foi autorizado pelo Despacho n.º 5977/2017, de 6 de Julho. Em Junho de 2017, a Alcaidaria abergou a exposição de banda desenhada Aventuras em Al-´Ulyà, sobre a história do concelho. Em Maio de 2018, O Museu Municipal comemorou o seu 23.º aniversário, tendo a cerimónia incluído o lançamento de mais um número da revista Raízes, publicada pelo museu, e a organização da conferência Loulé e as Antigas Sociedades Camponesas: de 5500 a 2000 Antes da Nossa Era, por Vítor Gonçalves e Ana Catarina Sousa. Em Junho de 2019, o antigo castelo foi uma das áreas onde se celebrou um evento infantil baseado na série britânica de Harry Potter. Em 2 de Agosto desse ano, a reunião semanal entre o Primeiro Ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teve lugar na Alcaidaria do Castelo de Loulé. Em Dezembro, a autarquia organizou a iniciativa Aldeia dos Sonhos, que incluiu a realização de vários eventos e a instalação de várias estruturas temporárias alusivas ao Natal em vários pontos da cidade, incluindo no antigo castelo.
Useful information
Free Free Information tables dcp@cm-loule.pt - Ruins of the castle - Guided tours by request - It has a museum
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