Fort of Santo António da Barra
Estoril Lisboa Portugal
fortress
Forte de Santo António do Estoril
Estoril Lisboa Portugal
fortress
The Fort of Saint Anthony of Barra (Portuguese: Forte de Santo António da Barra) is located overlooking the sea, in the parish of Estoril, Cascais municipality, District of Lisbon, in Portugal
O Forte de Santo António da Barra (também denominado como Forte de Santo António do Estoril, Forte Velho ou Forte de Salazar) localiza-se sobranceiro ao mar, na freguesia de Estoril, na povoação de São João do Estoril, concelho de Cascais, Distrito de Lisboa, em Portugal
Previous names
Fort of Santo António da Barra, Forte de Santo António do Estoril
Description
The Fort of Saint Anthony of Barra (Portuguese: Forte de Santo António da Barra) is located overlooking the sea, in the parish of Estoril, Cascais municipality, District of Lisbon, in Portugal. It is sometimes known as the Old Fort (Portuguese: Forte Velho)), or as the Fort of Salazar as it was used by the Prime Minister, António de Oliveira Salazar as his seasonal residence during the Portuguese dictatorship. Until early 2018 the fort had been disused and subject to some vandalism, but it was then restored by the Municipality and opened for public viewing for the first time on April 25, 2018.
History
The fort’s structure dates back to the time of the Philippine Dynasty, when Philip I of Portugal (Philip II of Spain) commissioned the military engineer and Neapolitan architect, Giovanni Casale, to develop plans. Following the successful landing of the troops commanded by the Duke of Alba in 1580 the monarch was aware of the need to improve the defensive system on the approaches to Lisbon on the River Tagus against the threat of English and Dutch ships. The fort is laid out in a star-shaped irregular polygonal plan, with two outer bulwarks. In the center there is a square building with a chapel dedicated to Saint Anthony and vaulted barracks. There was a moat between the two outer walls. The construction took little more than a year. On February 16, 1591 the king received a letter from Casale, informing him that the castle was ready to receive soldiers and artillery.
After the War of the Restoration of Independence the Portuguese Crown undertook a comprehensive reform of land and sea fortifications under the direction of the António Luís de Meneses, 1st Marquis of Marialva. The fort was subject to works of modernization and expansion to increase the existing firepower, in recognition of the continued improvement of both ships and the artillery on them and the need to build forts that were more resistant to the greater firepower. The fort then formed an important part of what was arguably the largest set of fortifications in the world, stretching from Belém in Lisbon to Cabo da Roca on the Atlantic coast.
The fort was heavily damaged by the 1755 Lisbon earthquake and underwent restoration in 1762-63. At the end of the nineteenth century, the fort became a customs post. From 1915, its facilities began to be used as a holiday camp of the Odivelas Institute, a military school for girls. In 1950 it became the summer residence of Prime Minister Salazar. On August 3, 1968, Salazar suffered a fall while at the fort. A worsening in his condition would lead to the President appointing a new prime minister without telling Salazar, who, in fact, lived for a further two years.
After the closure in 2015 of the Instituto de Odivelas, the site was abandoned. Following this the Municipality of Cascais signed an agreement aimed at transferring the site to the municipality, which intended to use it as a research centre, at an estimated cost of €6mn. The transfer finally took place in March 2018 and the fort was opened for public viewing on April 25, 2018, Freedom Day in Portugal, which celebrates the overthrow of the authoritarian regime of the Estado Novo in 1974. In 2016, a fire had been reported in one of the areas of the fort. The fort also suffered internal damage and had been the victim of significant graffiti.
O Forte de Santo António da Barra (também denominado como Forte de Santo António do Estoril, Forte Velho ou Forte de Salazar) localiza-se sobranceiro ao mar, na freguesia de Estoril, na povoação de São João do Estoril, concelho de Cascais, Distrito de Lisboa, em Portugal.
É considerado a principal fortificação entre a Cidadela de Cascais e o Forte de São Julião da Barra.
História
Projeto e construção
A sua estrutura remonta à época da Dinastia Filipina, quando Filipe I incumbiu o engenheiro militar e arquiteto napolitano, frei Giovanni Vicenzo Casale, de elaborar uma planta de Cascais e de uma carta da costa até São Julião da Barra. Entre as preocupações do monarca estava a melhoria do sistema defensivo da barra de Lisboa (1586), zona pela qual se concretizou a campanha do Duque de Alba para tomar a capital e o trono portugueses, e da ameaça de corsários ingleses e holandeses. D. Filipe pretendia, portanto, evitar o acesso a Lisboa pelo rio e eventuais desembarques na linha de costa entre São Julião da Barra e Cascais.
É Casale —também encarregado das obras de ampliação da Torre de Belém e do Forte da Cabeça Seca— o autor da traça desta fortificação, iniciada em 1590. Apesar da concordância do monarca acerca do primeiro esboço que lhe foi apresentado —uma fortificação de pequenas dimensões em taipa, revestida em madeira e alvenaria—, o mesmo foi substituído por um novo, mais ambicioso, que adaptou uma planta quase quadrangular, com quatro baluartes angulares nos vértices, dos quais os maiores ficariam virados para terra. Pelo lado do mar, foi erguida uma construção amuralhada de planta retangular, ao longo das faces internas dos baluartes, com a função de bateria baixa, com artilharia, o corpo da guarda e a entrada rasgados na parede sudoeste. O forte era envolvido por um fosso exterior, com contra-escarpa e estrada coberta. O interior da estrutura organizava-se em dois edifícios oblongos, separados por um pátio coberto estreito, os quartéis dos soldados, armazéns e outras dependências necessárias à sua vivência no espaço. Entre estes dois edifícios encontra-se a pequena capela em invocação de Santo António.
A construção tardou pouco mais de um ano, sendo que o rei recebe uma correspondência de Casale, em 16 de fevereiro de 1591, informando-lhe de que «El castillo de Santo António como escrivi a V. Mag. está ja de manera que se puede meter gente y artilleria.»
Guerra da Restauração e período de declínio
Posteriormente à época da Guerra da Restauração da independência, quando a Coroa portuguesa empreendeu uma ampla reforma das fortificações terrestres e marítimas, sob a direção do Conde de Cantanhede, D. António Luís de Meneses. O forte seria assim alvo de trabalhos de modernização e ampliação que alteraram o projeto inicial de modo a reforçar o poder de fogo existente.
No entanto, e apesar da sua importância, a estrutura vai perdendo a função estratégica, sendo abandonadas e degradando-se com rapidez. Desta forma, e nas eras seguintes, seria intervencionado por diversas vezes, na maioria delas sofrendo reformas praticamente integrais. Em finais do século XIX, já sem realizar quaisquer funções para as quais foi concebido, foi nele instalado um posto da Guarda Fiscal. Mais tarde, a partir de 1915, as suas instalações passaram a ser utilizadas como campo de férias do Instituto Feminino de Educação e Trabalho de Odivelas.
Em meados do século XX foram executados serviços de remodelação das instalações, adaptadas como residência de verão do Presidente do Concelho de Cascais.
Um dos seus períodos mais emblemáticos resulta da escolha, por parte do presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar, de aí estabelecer a sua residência sazonal. Seria no forte que, em 3 agosto de 1968, Salazar sofreria um acidente doméstico, quando cai ao tentar sentar-se numa cadeira. Este episódio foi decisivo no processo de decadência do seu regime. O agravamento do seu estado conduziria à nomeação, em 18 de setembro, do Prof. Marcello Caetano como Presidente do Conselho.
Mais tarde, o forte foi classificado como Imóvel de Interesse Público através do Decreto nº 129, de 29 de Setembro de 1977.
Século XXI
Na sequência do despacho de 2013 que ditou o encerramento do Instituto de Odivelas no final do ano letivo de 2014/2015, o local foi encerrado e abandonado. Na sequência deste acontecimento, a Câmara Municipal de Cascais assinou um protocolo que visava a transferência do local do governo central para o município. Paralelamente, a autarquia definiu um plano que veria instalado no local um centro de investigação ligado ao mar.
As primeiras notícias acerca da decadência do local dão-se em 2016, quando é relatado um incêndio num dos compartimentos do forte. Em dezembro de 2017 o estado do imóvel é denunciado numa reportagem do semanário Expresso[6], sucedendo-se pouco depois reportagens por outros meios de comunicação, caso da SIC e RTP. Após uma reportagem do programa Linha da Frente da RTP1, em fevereiro de 2018, o Ministério da Defesa Nacional procedeu à colocação de avisos no perímetro do forte, mas não realizou quaisquer reparações que evitassem a entrada não autorizada no local. Por sua parte, a Câmara Municipal de Cascais lamentou a falta de iniciativa para a recuperação do forte, estimada em 6 milhões de euros, e a causa chega ao Parlamento e à justiça.
A 13 de março de 2018, e durante um ano, o imóvel foi entregue pelo Ministério da Defesa à Câmara Municipal de Cascais, que procedeu à recuperação do forte. O primeiro evento público no local consistiu nas celebrações do 25 de abril. Desde março de 2019 encontra-se aberto ao público aos fins de semana e feriados e em setembro desse ano passou a integrar a lista de edifícios militares a alienar publicada em Diário da República.
Useful information
Free
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- WC
- Great view
Open on holidays and weekends
-
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