Castle of Dona Chica
Palmeira Braga Portugal
castle, chateau
Castelo da D. Chica
Palmeira Braga Portugal
castle, chateau
The Castle of Dona Chica (Portuguese: Castelo da Dona Chica) is a neo-romantic castle and/or residence located in the civil parish of Palmeira, municipality of Braga, in the northern region of Portugal
O Castelo da D
Previous names
Castle of Dona Chica, Castelo da D. Chica
Description
The Castle of Dona Chica (Portuguese: Castelo da Dona Chica) is a neo-romantic castle and/or residence located in the civil parish of Palmeira, municipality of Braga, in the northern region of Portugal. Originally designed by Ernesto Korrodi, the project suffered from a lack of funds early, eventually changing hands and falling into the possession of creditors.
History
The project was conceived and executed in 1915, by Swiss architect (and later naturalized Portuguese) Ernesto Korrodi, under contract with João José Ferreira Rego, then married to a Brazilian lady named Francisca Peixoto Rego. The castle's name came from the patroness, whose diminutive form (Chica) was the origin of its popular name; Francisca Peixoto Rego was active in the import of many of the arboreal plant species from Brazil, used to landscape the property. Korrodi's project was based on his idealized concept of the Habitação Nobre de Província (Provincial Nobles' House), a typology that the architect was dedicated to at the beginning of the 20th century, and which "...evoked, across diverse inspirational sources, one of the art of the Middle Ages and one from a determined social lifestyle, of the triumphal burgers of the 19th century, while grounded in tradition and progress..."
The construction was suspended in 1919, at a time when the interior of the home, was still in a state of basic comforts. Incomplete, its budget rounded 370 contos.
In 1938, it was sold for 165 contos to an English nobleman, who later sold the building to the librarian of the Count of Vizela, Alberto Torres de Figueiredo. Francisco Joaquim Alves de Macedo acquired the palace and restarted the work on the building, without recuperating the already damaged exterior and interior. This project was fruitless and in vain, as multiple divergences developed during the construction and conflicts with the local government authority ensued. In the course of the debacle many of the decorative elements of the interior, principally the ceramics (such as the azulejos, floor-tiles and roofing) were damaged. There remained no vestiges of these elements to assist future work and many of the tiles of artistic value were destroyed, as was the interior woods.
In the second half of the 20th century, the building was acquired directly by the Junta de Freguesia de Palmeira (the civil parish council) which concesstioned the property to IPALTUR Investimentos Turísticos, S.A., under a renewable long-term contract.
In 1992, there was a formal proposal to transform the residence into a cultural and recreative space, with restaurant and other social services, under the direction of architect Paulo Tonet. In November, Joaquim Costa, manager of IPALTUR, transferred title of the palace to the company Veloso - Empreendimentos Turísticos e Residenciais, with the intention of paying alleged debits, which was not acceptable to the remaining creditors.
On 20 February 1985, the property was classified as a Imóvel de Interesse Público (Property of Public Interest).
In 1993, the Caixa Geral de Depósitos, as principal creditor of IPALTUR, petitioned the liquidation of IPALTUR, resulting in an uncertain future for the property, as it mortgaged at the time. Ultimately, it was bought the CGD in 1998, and placed up for sale by 2006. Before being placed up for sale, the local Junta de Freguesia for Palmeira tried to come to an accord with the CGD, offering 165,000 contos for the property, to which the bank refused.
Architecture
The castle is located in a rural property, four kilometres (2.5 mi) from the centre of Braga, on an ample property encircled by wall and dense vegetation.
The four-storey structure and its spaces are a mixture of popular styles and materials, using a diverse palette of styles. Isolated, the spaces have specific aesthetics, connected using bridging elements (materials and decorative themes). From the analysis of the constructive details, one can descern the importance that image had in its construction. The windows are wood or iron, or still, executed with both materials, making it difficult to determine whether their treatment was part of the building's construction or if they were part of the architectural design of the architect Korrodi. In contrast, the roof tiles are signed by the designer, while their colour (green) integrates into the landscape, something the rest of the building refuse to do.
The surrounding forest, includes several exotic species (such as the medicinal plant Pau Santo, Brazilian almond and pine trees), in addition to various national species (like palm, eyucalyptus, maple, wild pine, chestnut, Portuguese cedar, camellia, Mimosa), with pedestrian trails. Also, the site includes a small lake with grotto, that includes fake stalagtities following the Romantic-style, attempting to mimic the medieval era. The space follows the nationalistic language, copying the natural world, in preference to a wood, rather than a geometric Baroque garden.
Although the structure shows a few solutions that differ from the Korrodi original design, this "evolution" marked "...a persistence of taste, that permitted the materialization of the Korrodi's Habitação Nobre ideal, which were referenced in the Neo-Gothic elements. In fact, the residence has influences from not only the Founders' Chapel in Batalha, but also mixed elements from Art Nouveau, Renaissance and Romanesque.
O Castelo da D. Chica, também referido como Castelo de Palmeira, Casa da Chica ou Palácio de D. Chica, localiza-se na freguesia de Palmeira, concelho de Braga, distrito de mesmo nome, em Portugal.
Trata-se de um edifício apalaçado, de características ecléticas sobre um estilo romântico, projetado pelo Arquiteto suíço Ernesto Korrodi.
História
A sua construção iniciou-se em 1915, por iniciativa de Francisca Peixoto de Sousa, nascida no Brasil, que mandou vir do seu país muitas das espécies arbóreas actualmente existentes na mata envolvente.
As obras foram interrompidas em 1919, quando Francisca se separou do marido.
Ao longo de sua história mudou várias vezes de proprietário, arrastando-se as obras por décadas, só sendo concluídas em 1991, adaptado a restaurante e bar.
Foi homologado como Imóvel de Interesse Público por Despacho de 20 de Fevereiro de 1985.
Atualmente o imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação, depois de passar por uma disputa judicial quanto à sua posse, envolvendo várias entidades.
A disputa judicial
Tendo sido adquirido pela Junta de Freguesia de Palmeira, em 1990, por cerca de 95 mil Euros, a autarquia arrendou-o por contrato a uma empresa de turismo, a IPALTUR. Esta, por sua vez, procedeu-lhe beneficiações, adaptando as instalações do imóvel a zona de lazer, com bar, discoteca, restaurante e salas de reuniões e de congressos.
Com o "de acordo" da autarquia, a IPALTUR hipotecou o imóvel por 750 mil Euros junto à Caixa Geral de Depósitos. Pelo acordo, durante dez anos a autarquia não receberia rendas.
Em 1994 a IPALTUR entrou em processo de falência. Desse modo, o imóvel veio a ser vendido em hasta pública, em 1998, à Caixa Geral de Depósitos, por 1.500 mil Euros. A instituição financeira, desse modo, conseguiu reaver parte do seu crédito, mas cerca de vinte outros credores continuaram sem conseguir reaver os seus montantes.
Em 2001 o tribunal de Braga determinou que a CGD deverá pagar 2.250 mil Euros aos demais credores a título das obras de beneficiação efectuadas pela falida IPALTUR no imóvel. Essa decisão, em Novembro de 2002 foi anulada pelo Tribunal da Relação de Guimarães, o que foi confirmado pelo Supremo Tribunal de Justiça em Junho de 2003.
O imóvel foi comprado em 2010 por um empresário do ramo do imobiliário que o vendeu novamente em 2019.
Características
O edifício é constituído por quatro pavimentos. Desenvolve-se num jogo de volumes muito acentuado e caracteriza-se por uma ampla diversidade de materiais e linguagens, misturando referências populares e eruditas, num ecletismo extravagante onde se misturam o estilo neogótico, o neoárabe e o "rústico".
Isolados, os volumes têm uma imagem própria e estabelecem ligações através de algumas pontes (materiais e elementos decorativos). A análise dos pormenores construtivos evidencia a importância dada à imagem, em detrimento de um método de construção. As janelas são indiferentemente de madeira ou de ferro, ou mesmo executadas com os dois materiais, sendo difícil saber se obedecem a um projecto de execução da obra ou se, definida inicialmente a imagem pelo arquitecto Korrodi, a solução construtiva ficaria a cargo dos diferentes artistas / artesãos que as executaram. O ferro é empregado ainda no gradeamento, no coroamento da cobertura e no catavento. A repetição da "folha de hera" como elemento decorativo, simultaneamente no desenho dos gradeamentos de ferro e em algumas molduras de mármore, convive com a aplicação de diferentes motivos florais, nos capitéis das diferentes colunatas e com as rosáceas geometrizadas, nos fechos dos arcos ogivais.
As telhas estão "assinadas" pelo projectista. Coloridas de verde pretendem a integração na paisagem que o restante do edifício recusa.
A mata envolvente caracteriza-se por vegetação exótica (amendoeira brasileira, pau-santo, pinheiro brasileiro, palmeira, eucaliptos, japoneiras e outras) e muitas variedades nacionais (carvalho, plátanos, cedros, pinheiro bravo, castanheiros, salgueiros, mimosas, sobreiros e outros), com percursos sinuosos. O conjunto do lago, com uma gruta com falsas estalactites, destaca-se, traduzindo uma visão romântica, que pretendeu imitar o período medieval, reproduzindo a natureza, preferindo o "bosque" ao geometrizado jardim barroco.
Cronologia
1915 - Projecto do arquitecto suíço, naturalizado português pelo casamento, Ernesto Korrodi, por encomenda de João José Ferreira Rego;
1919 - Obra suspensa, numa etapa em que o interior do edifício se resumia às suas estruturas fundamentais; inacabado, as obras orçamentavam, na altura, em 370 contos de réis;
1938 - O imóvel foi vendido, por 165 contos, a um fidalgo inglês que posteriormente o revendeu, por 80 contos de réis, ao guarda livros do conde de Vizela, Alberto Torres de Figueiredo. Francisco Joaquim Alves de Macedo adquiriu o imóvel e encetou obras no seu interior, sem qualquer projecto de recuperação, numa tentativa de reactivar o ideal dos anteriores proprietários. Esta tentativa foi frustrada devido às múltiplas divergências que surgiram no decorrer dos trabalhos, nomeadamente com a autarquia local. Desse modo, destruiu-se o pouco que restava dos elementos decorativos interiores principalmente ao nível de cerâmicas (azulejos, tijoleiras e telhas), não restando quaisquer vestígios para uma possível reposição dessas peças, algumas, segundo referências das gentes mais velhas, de grande interesse artístico, para além da supressão de toda a madeira, base estruturante de todos os pisos;
Século XX (segunda metade) - Adquirido pela Junta de Freguesia de Palmeira, que concessiona o imóvel à IPALTUR, Investimentos Turísticos, S.A. através de um contrato de longa duração, renovável;
1985, 20 de Fevereiro - Despacho de classificação, com homologação em Imóvel de Interesse Público (IIP);
1992 - Adaptação, descrita como transformação, num espaço cultural e recreativo, bem como em restaurante e outros serviços de índole social e hoteleira, com projecto do arquitecto Paulo Tonet;
1992, Novembro - Joaquim Costa, gestor da IPALTUR, trespassa o palácio à empresa "Veloso - Empreendimentos Turísticos e Residenciais", tendo em vista o pagamento de uma alegada dívida, o que não foi aceite pelos restantes credores;
1993 - Proposto o pedido de falência da IPALTUR, pela Caixa Geral de Depósitos, principal credora desta firma, e destino incerto relativamente à posse da propriedade, por ter sido hipotecada;
1998 - Imóvel adquirido pela Caixa Geral de Depósitos;
2004 - A Caixa Geral de Depósitos procedeu à venda do imóvel em hasta pública por cerca de dois milhões de euros à imobiliária Europovoa – Construções e Imobiliária,Lda. com sede na Póvoa do Varzim e liderada por José Campos.
2006 - O imóvel encontrava-se à venda.
2008 - O imóvel encontrava-se à venda ao preço de € 2.250.000,00.
2009 - O imóvel encontrava-se à venda ao preço de € 2.500.000,00.
2013 - O imóvel é classificado como monumento de interesse público, por despacho do secretário de Estado da Cultura, deliberação que confirma tratar-se de «um valor cultural de importância nacional» e cuja deterioração definitiva representa um «dano grave para o património cultural». A decisão coloca o também designado Castelo de Palmeira numa extensa Zona Especial de Proteção.
2014 - É adquirido por um empresário da Póvoa de Varzim (PMA Construções).
2017 - O imóvel encontrava-se à venda ao preço de € 1.250.000,00.
2019 - O castelo foi vendido a dois irmãos, um emigrado nos Estados Unidos e outro a residir em Portugal, que pretendem realizar algumas obras de adaptação no espaço envolvente, para transformar-se num local de realização de eventos.
Useful information
Free
Closed for visitors
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