Raio Palace
Braga Braga Portugal
manor, mansion
Palácio do Raio
Braga Braga Portugal
manor, mansion
The Palace of Raio (Portuguese: Palácio do Raio) is a Baroque era residence in the urbanized area of the municipality of Braga, in the civil parish of São José de São Lázaro
O Palácio do Raio, também referido como Casa do Mexicano localiza-se na Rua do Raio, n
Previous names
Raio Palace, Palácio do Raio
Description
The Palace of Raio (Portuguese: Palácio do Raio) is a Baroque era residence in the urbanized area of the municipality of Braga, in the civil parish of São José de São Lázaro. It is an example of the late Baroque, early Rococo style of decoration by Portuguese architect André Soares, notable for his influence in the northern Baroque movement.
History
The construction of this ornate palace was ordered by João Duarte de Faria, a knight of the Order of Christ, who was a rich merchant.
The commission was given to André Soares in 1754–1755, an architect already famous in the Braga region for his artistic and engineering projects. Soares reformulate the style first introduced to Porto by Nasoni, basing his interpretations on French-German sketches, "one of the expressions more distinct and powerful of the European Rococo". His work is characterized by the monumental nature of its forms, and for his use of natural elements in the decorative sculptures that permeate the design including the shells, jars, wreaths and garlands. These elements show the influence of the Augsburg sketches, or the Frenchman Meissonier, among others. In the context of Portuguese art, André Soares was part of the end of the Baroque period, and beginning of the Rococo; his style used the structure of the Baroque, but the decorative style of the Rococo. André Soares had worked on the Sanctuary of Bom Jesus and the Church of Santa Maria Madalena da Falperra, and the Raio Palace is seen as an extension of the "feative character of Falperra".
In 1760, the staircase was painted.
A century later, the residence was acquired by Miguel José Raio, then Viscount of São Lázaro (in 1867), thus, over time, becoming known as the Palace of Raio.
The Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra (Professional School for Recuperation of Sintra Patrimony) intervened in 1993 to repair the doors and windows on this first floor. The group was responsible for repairing the wood frames, cleaning of the stone from damage caused by humidity, completing moulds, installation of artificial stoneworks, reinforcing the structure with cement and reintegration of many of the sculptures. Matos Sequeira, an archeologist, once referred to the facade as similar to a piece of furniture from the court of Louis XV.
Architecture
The building is located in the urban context of Braga, situated alongside the Hospital of São Marcos and the pavilion sheltering the Fountain of the Idol.
It is a singular block, in the Baroque-style, constructed during the reign of King John V. The palace is a two-storey buildings, consisting of several three-doors on the main floor, flanked by ornate framed windows, and the second-floor consisting of several windows and balconies. The roof is topped by a veranda of balusters, with ornate vegetal pinnacles.
Over the main portal, deeply indented, is a sumptuous balcony of balusters, flanked by two decorative sculptures. The lintel over this second-floor balcony is monolithic. Its cornice, which is exceptionally recessed, and crowned by a balustrade consisting of six flaming sculptures, while four blazing amphorae on its flanks over an Ionic pilasters frame.
The main floor is embellished by frames of carved granite, and the outline of the wrought iron balconies. Apart from the main entrance, are two lateral doorways (all of which are painted in complementary blue). While the facade is covered in azulejo tile (and installed in the 19th century), the whole building is built from fine-grained granite. On the landing, the azulejos were likely executed by Bartolomeu Antunes, owing to the different interpretations of the Rococo: one more traditional, from a workshop in Lisbon; and another, which predominates a northern agitation, from Braga.
This residence is considered one of the most important public works of André Soares, presenting a facade that is profusely decorated, where the general symmetry contrasts with the asymmetries introduced by the windows. This is particularly true of the central section, which is similar to the models utilized in the Church of Falperra and Municipal Council building of Braga: all which have similar traits. The window over the main doorway connects a curved pediment, which reminds the viewer of the Church of Santa Maria Madalena, although highly projected from the rest of the facade. As Vitor Serrão mentions in his critique, it is across "the sensual and powerful sense of deconstruction that the openings almost announce the art of one Gaudi", and the building "imposes a newness and display, within a sensual Rococo rhythm to the noble staircase like an inviting exotic figure."
In the interior, is the noble staircase, with three arches and sculpture of a Turk, comparable to the four statues in the esplanade of the Church of Bom Jesus, who Smith attributes to André Soares (even if they were executed by masons José and António de Sousa.
O Palácio do Raio, também referido como Casa do Mexicano localiza-se na Rua do Raio, n.º 400, na freguesia de São José de São Lázaro, cidade e concelho de Braga, distrito de mesmo nome, em Portugal. É um dos mais notáveis edifícios de arquitectura civil da cidade, em estilo barroco joanino.
Na fachada sobressai a exuberância da decoração, desde logo da porta central ricamente trabalhada e também das 11 janelas dividas pelos dois pisos. Os ornatos são assimétricos, dando ao edifício uma dinâmica e um dramatismo que são comuns na obra do arquitecto André Soares.
A obra teve depois uma segunda campanha, nos finais do século XIX, altura em que foram colocados os azulejos que dão o tom azul à fachada, bem como uma porta de vidros coloridos que separa o átrio da caixa de escadas. É desta altura também a pintura dos tectos e da caixa de escadas, atribuída a José Maria Pereira Júnior mais conhecido por Pereira Cão.
História
Constitui-se em um palácio, erguido entre 1754-1755 por encomenda de João Duarte de Faria, poderoso comerciante de Braga, com projeto do arquitecto bracarense André Soares.
O imóvel foi vendido em 1853 por José Maria Duarte Peixoto, a Miguel José Raio, visconde de São Lázaro, ficando desde então conhecido como "Palácio do Raio". O visconde, nascido em Braga, fizera fortuna no Brasil. Em 1863, abriu a rua em frente ao palácio, para permitir uma melhor visão da sua casa e poder construir duas habitações para as suas filhas.
Com o seu falecimento, em 1882, devido a dificuldades económicas os herdeiros entregaram o palácio ao Banco do Minho em 28 de dezembro de 1882 que, por sua vez, o revendeu, em 1 de outubro de 1883 à Santa Casa de Misericórdia, que nela instalou alguns serviços do Hospital de São Marcos.
Retornou à posse da Misericórdia de Braga em 1912 que realizou obras de restauro profundas.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1956.
Museu
Restaurado em 2015, é o Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga, recebendo espólio da instituição e dos cuidados de saúde na região. Para isso foi integralmente reabilitado para acolher o núcleo museológico, bem como o acervo documental da instituição.
Do seu acervo fazem parte, máquinas e aparelhos usados nos cuidados médicos, bem como outros utensílios dos antigos hospitais. A iniciativa teve um orçamento de 4,2 milhões de euros usados na reabilitação integral do edifício.
O Centro Interpretativo é constituído por dez salas temáticas com uma resenha histórica e um suporte digital.
O legado artístico de André Soares - autor da obra do palacete do Raio - e de Carlos Amarante em Braga são o ponto de partida para este percurso de ‘memórias’ onde cabem também, por salas, a história da Misericórdia de Braga e das misericórdias no mundo; o Hospital de S. Marcos, com muitos objectos alusivos; a liturgia; a celebração; as procissões, com destaque para a Semana Santa; a pintura religiosa; a escultura religiosa; uma sala dedicada à temática da visitação retratada por um conjunto escultórico para terminar com a ‘galeria’ dos beneméritos e provedores da instituição.
A visita começa com a evocação de dois dos maiores símbolos da arquitetura Bracarense: André Soares e Carlos Amarante. Além da história do próprio Palácio e de todo o processo de recuperação a que foi sujeito, aqui é apresentado o legado artístico dos dois arquitetos e a forma como marcaram a Cidade.
A partir daqui, o visitante é convidado a conhecer a história da Irmandade e da Misericórdia de Braga, com enfoque ao papel desempenhado no assistencialismo e apoio aos mais necessitados.
Nas paredes estão expostos retratos dos Arcebispos que contribuíram para o crescimento da Instituição, enquanto nas vitrinas observam-se diversos objetos, desde as ‘Varas de Mesário’, símbolo de poder na Instituição, passando pela Senhora do Manto Largo, padroeira da Misericórdia, até à ‘Caixa de Despacho’, uma peça do século XVIII quase única no universo das Misericórdias.
E porque falar da Misericórdia é também falar do Hospital de S. Marcos, fundado em 1508, o Centro Interpretativo mostra artigos ligados à botica e utensílios médicos do antigo hospital. Expostos estão ainda documentos dos Séculos XVI, XVII e XVIII que guardam o passado dos cuidados de saúde prestados no Hospital de S. Marcos.
A imponente escadaria do Palácio do Raio é um dos pontos altos da visita. Os painéis de azulejos, a pintura mural e o lanternim merecem uma observação atenta, mas ninguém ficará indiferente ao ‘Turco’, uma escultura situado no topo da escadaria, atribuída também a André Soares.
Segue-se um percurso pelas salas dedicadas à Liturgia, onde é exposta parte da coleção de paramentos, e à Celebração, com a apresentação de um conjunto de alfaias litúrgicas de grande valor artístico.
No Centro Interpretativo destaca-se também o património imaterial da Santa Casa relacionado com as Solenidades da Semana Santa. Lanternas e bandeiras processionais, o farricoco e os fogaréus remetem o visitante para a procissão do Senhor Ecce Homo, organizada desde tempos antigos pela Misericórdia.
Noutras duas salas, estão reunidas algumas das mais valiosas peças das coleções de Pintura e Escultura da Santa Casa. Além dos quadros dos Séculos XVII e XVIII, há um conjunto de ex-votos e outras peças de grande interesse histórico e artístico. Na Escultura sobressai o conjunto da Visitação em terracota do Século XVII, originalmente colocado na fachada lateral da Igreja da Misericórdia.
A visita termina com a homenagem aos Provedores e Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia de Braga. Neste espaço, são apresentados inúmeros retratos, devidamente identificados e legendados, de grandes personalidades da sociedade Bracarense que, ao longo dos tempos, contribuíram para o crescimento da multisecular Instituição.
A inauguração foi em 28 de dezembro de 2015.
O projecto venceu o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2016, na categoria Impacto Social.
Useful information
Charge
2.00 EUR
Reduced: 1.00 EUR
geral@scmbraga.pt
- Closed on Sundays and Mondays
- Accessible for wheelchairs
-
External links
Nearby castles
Castle of Braga
Braga
0.3km
castle, chateau
Episcopal Palace
Braga
0.5km
manor, mansion
The Residence of Biscainhos
Braga
0.7km
castle, chateau
Casa Grande
Braga
0.7km
castle, chateau
Castle of Dona Chica
Palmeira
4.5km
castle, chateau
Torre de Vasconcelos
Ferreiros
10.1km
castle, chateau
Castle of Lanhoso
Póvoa de Lanhoso
12.5km
castle, chateau