Fort of Santiago do Outão
Setúbal Setúbal Portugal
fortress
Forte de Santiago do Outão
Setúbal Setúbal Portugal
fortress
The Fort of Santiago do Outão is a former coastal military installation in Setúbal, Portugal that is currently the site of the Hospital Ortopédico Sant'Iago do Outão
O Forte de Santiago do Outão também referido apenas como Forte do Outão, localiza-se na barra norte do rio Sado, no Concelho e Distrito de Setúbal, em Portugal
Previous names
Fort of Santiago do Outão, Forte de Santiago do Outão
Description
The Fort of Santiago do Outão is a former coastal military installation in Setúbal, Portugal that is currently the site of the Hospital Ortopédico Sant'Iago do Outão. The fort is located on the Costa Azul at the northern side of the Sado River's mouth.
History
The oldest identified structure at Outão is a lighthouse and watchtower at the mouth of the Sado River that was erected by João I in 1390. In 1572, during the reign of Sebastião I, the watchtower underwent a major expansion and was surrounded by fortified walls and transformed into a fortress by Afonso Álvares. The fort withstood a siege by the Duke of Alba during the Portuguese succession crisis of 1580.
Santiago do Outão remained loyal to Philip III until December 8, 1640 during the Portuguese Restoration War. The fort underwent a remodeling during the reign of João IV beginning in 1643 in order to provide better defenses at the entrance to Setúbal's port. The fort's reconstruction was completed by 1657.
In the 19th century, the fort was decommissioned and transformed into a prison. By 1890, Santiago do Outão was again transformed, this time into a summer palace for Carlos I. From 1900 until 1909, the fort was utilized as a sanatorium for the treatment of tuberculosis. Finally, the compound was converted into the Hospital Ortopédico Sant'Iago do Outão in 1909 which it remains as to the present day.
O Forte de Santiago do Outão também referido apenas como Forte do Outão, localiza-se na barra norte do rio Sado, no Concelho e Distrito de Setúbal, em Portugal.
Integrou, no passado, a linha defensiva do trecho do litoral denominado hoje, em termos de turismo, como Costa Azul, e que, no século XVII, se estendia de Albarquel a Sesimbra, complementando a defesa da importante povoação marítima de Setúbal.
História
Antecedentes: a Torre do Outão
A mais antiga estrutura identificada no lugar do Outão é uma atalaia ou torre de vigilância da costa, erguida por ordem de D. João I (1385-1433) em 1390. Posteriormente, quando do reinado de D. Manuel (1495-1521), teria sido beneficiada.
O primitivo forte
Quando do reinado de D. Sebastião (1568-1578) sofreu extensas obras de modernização e ampliação (1572), quando foi erguida uma cerca abaluartada em redor da primitiva torre, a cargo do mestre das obras das fortificações, Afonso Álvares.
Durante a crise de sucessão de 1580, juntamente com a vila de Setúbal, este forte manteve-se fiel a D. António, prior do Crato. Sob o comando de Mendo Mota, a sua guarnição de uma centena de homens, dispondo de 47 peças de artilharia de diversos calibres, resistiu às forças espanholas sob o comando do Duque de Alba, de 22 a 24 de Julho.
À época da Dinastia Filipina, os oficiais da Casa do Corpo Santo, importante instituição de Setúbal, requereram ao soberano a instalação, nas dependências deste forte, de um farol para auxílio à navegação (1625). As obras deste farol foram custeadas por aquela instituição.
Diante da eclosão da Restauração da independência, a guarnição do forte manteve-se leal a D. Filipe III (1621-1640) até ao dia 8 de Dezembro de 1640.
O actual forte
No âmbito da completa remodelação da estratégia defensiva do reino implementada sob o reinado de D. João IV (1640-56), compreendida na defesa da barra de Setúbal, foram-lhe iniciadas novas e amplas obras de modernização e reforço. Nelas terá trabalhado Cosmander em 1642, vindo a pedra fundamental a ser lançada em 30 de julho de 1643, conforme placa epigráfica sobre a porta da Casa da Guarda, no trecho de muralha do lado do mar:
A torre desta fortaleza de Santiago do Outão foi edificada por El Rei Dom João o Primeiro e depois cercada de muro por El Rei D. Sebastião e o sereníssimo D. João IV, libertador da pátria, mandou acrescentar a fortaleza para a parte do mar e terra com magnificência e grandeza que hoje se vê. D. Fernando de Menezes, conde da Ericeira, lhe lançou a primeira pedra em XXV de Julho de MDCILIII e sendo governador dela Manuel da Silva Mascarenhas e das armas de Setúbal e sua comarca e superintendente da fortificação João de Saldanha mandou pôr aqui esta memória ano de MDCILIX.
Já a 4 de Agosto de 1644, o soberano advertia a Manuel da Silva Mascarenhas para que concluísse as obras com a maior brevidade. Contribuíram para as obras de defesa da costa de Setúbal, neste período, os proprietários das marinhas de sal e os navegantes da Casa do Corpo Santo, tendo as obras deste forte sido concluídas em 1657.
Diante da progressiva perda de suas funções defensivas diante da evolução dos meios da guerra, foi desartilhado no século XIX, tendo as suas instalações sido utilizadas como prisão. Posteriormente, em 1890, sofreu obras de adaptação para residência de veraneio de D. Carlos (1889-1908) e sua esposa, D. Maria Amélia de Orleans, obras essas a cargo do engenheiro Xavier da Silva.
O Sanatório
Diante das virtudes naturais daquela vertente da serra da Arrábida (insolação, maritimidade, pequena amplitude térmica anual), apropriadas à cura hélio-marítima como compreendido à época, por iniciativa da benemérita rainha, procedeu-se à adaptação da real residência de veraneio para sanatório, quando foram erguidas instalações hospitalares no lugar das antigas casamatas (1900). Iniciavam-se as operações do Sanatório Marítimo do Outão, voltado para o atendimento das tuberculoses óssea e ganglionar. Provisoriamente recebeu crianças do sexo feminino, sendo o atendimento ampliado a crianças do sexo masculino e, posteriormente ainda, a mulheres.
A partir de 1909, o Sanatório foi convertido em Hospital Ortopédico, função que conserva até aos nossos dias (Hospital Ortopédico Sant’Iago Outão).
Durante toda a década de 1950 foram procedidas intervenções de consolidação, restauro e beneficiação das instalações do Sanatório por parte da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), o que se repetiu em 1986 e 1991. No período de 1996-1997 o mesmo órgão atendeu às dependências da antiga Capela, que data da segunda metade do século XVII, em particular procedendo à recuperação do seu revestimento de azulejos.
As instalações do antigo forte abrigam ainda o Farol do Outão.
Useful information
Free
It is used as a hospital
-
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