Castle of Penela
Penela Coimbra Portugal
castle, chateau
Castelo de Penela
Penela Coimbra Portugal
castle, chateau
Castle of Penela (Portuguese: Castelo de Penela, Portuguese pronunciation: [kɐʃˌtɛɫu dɨ pɨˈnɛɫɐ]) is located in a Penela town in Penela Municipality in Coimbra District, Portugal
O Castelo de Penela localiza-se na vila de mesmo nome, na freguesia de São Miguel (Penela), Distrito de Coimbra, em Portugal
Previous names
Castle of Penela, Castelo de Penela
Description
Castle of Penela (Portuguese: Castelo de Penela, Portuguese pronunciation: [kɐʃˌtɛɫu dɨ pɨˈnɛɫɐ]) is located in a Penela town in Penela Municipality in Coimbra District, Portugal. The castle was built on a hill dominating the area and used to be a stronghold protecting Coimbra in times of Reconquista. Castle of Penela and the neighboring castle Montemor-o-Velho are both fine examples of defensive structures of that period.
The origins of the name are controversial and are attributed by some authors to ancient Celtic tribes. According to a local legend, King Afonso I (Afonso Henriques) exclaimed to incite his troops storming the stronghold: Coragem! Já estamos com o pé nela! (Courage! We have already set a foot in it!). A more plausible hypothesis is, however, that penela is a diminutive of penha, a place selected to build a fortress on.
History
It is believed that the area was already inhabited before the Roman occupation, and later a Roman watchtower was erected to oversee the nearby road connecting Mérida, Conímbriga and Braga. There is, however, no strong evidence to support this hypothesis, as well as any possible fortifications built here in times of Muslim occupation of the Iberian Peninsula.
Medieval castle
Penela's involvement in the Christian Reconquista starts with the conquest of Coimbra region by the troops of Ferdinand I of León (Fernando Magno) in 1064. In the next year the already walled settlement was granted a status of town along with four other nearby villages. The testament of count Sesnando Davides (1087), to whom the king delegated the administration of Conimbricense county, affirms that the count ruled the castle of Penela and the people in the area.
During the successive Muslim offensives in 1116 and 1117 castles Castelo de Miranda do Corvo and Castelo de Santa Eulália were conquered and destroyed, which caused the desertion of castle Castelo de Soure. These castles provided a line of defence for Coimbra region and now castle Penela was threatened. Perhaps this position was also lost, which would explain king Afonso I Henriques assaulting it in 1129, although this version is not supported by any sources. There are documents attributed to the period when a Chart of Foral was granted to the town, which reference a donation of a house inside the castle dated by 1145. This puts in question the assertion that the castle was conquered in 1148, as it is claimed by historian Frei António Brandão (Monarchia Lusitana, 1632), which is also improbable in context of the Conquest of Santarém, and Lisbon since 1147 when the line of Muslim defences was pushed to river Sado.
The castle played an important role in later periods. For instance, Afonso IV of Portugal (1325-1357) was born and died here.
During the 1383–1385 Crisis, the alcaide (commander of the castle) count Viana sided with Castile. Once as he left the castle to seek provisions, he was ambushed at the gates by commoners. As the count fell from the hill he was decapitated by one of the commoners, whom chronicler Fernão Lopes called Caspirre.
Later Pedro duke of Coimbra undertook extensive works in the castle. He ordered a construction of a ducal palace and church São Miguel. Town's gates were rebuilt as well. The town was granted a permission to hold an annual fair (since 1433) on St Michael's Day (September 29).
The castle and town later became a county with Afonso Vasconcelos e Meneses as the 1st count of Penela. Later the ownership of the castle was passed to the House of Aveiro.
From the earthquake of 1755 to the present day
By the 18th century the castle had lost its defensive value. The earthquake of 1755 destroyed the donjon tower (Clock Tower) and one of the gates. To rebuild the tower in 1760 the stone from the third gate of the castle was used. In the same century after the death of José (1750-1777) the ruling family de Aveiro became extinct.
By the beginning of the 20th century the old castle was abandoned and ruined. This was brought to the public opinion and in 1910 the castle was proclaimed a National Monument. Starting in 1940-s the castle underwent a series of restoration works under the supervision of General Direction of the Buildings and National Monuments.
O Castelo de Penela localiza-se na vila de mesmo nome, na freguesia de São Miguel (Penela), Distrito de Coimbra, em Portugal.
Em posição dominante sobre uma colina calcária, integrava a chamada linha do Mondego, e tinha como função a de guarda avançada de Coimbra, à época da Reconquista. Juntamente com o Castelo de Montemor-o-Velho, constituem o testemunho mais expressivo de seu tipo, do período, na região. De seus muros descortina-se uma bela vista da povoação, e ao longe, a Leste, da serra da Lousã.
A origem da sua toponímia é controversa, atribuída por alguns autores a primitivos povos celtas. Uma tradição local refere que, quando da conquista por D. Afonso Henriques (1112-1185), ao penetrar na povoação por meio de um estratagema, o soberano teria incitado os assaltantes exclamando: Coragem! Já estamos com o pé nela!. Parece mais correto, entretanto, compreender Penela como um diminuitivo de penha, local eleito para a primitiva fortificação.
História
Antecedentes
Acredita-se que a primitiva ocupação da região remonte a povos pré-romanos, especulando-se que a primitiva fortificação do local remonte a uma torre militar romana, com a função de vigia daquele trecho da vizinha estrada que unia Mérida a Conímbriga e a Braga. Embora não existam testemunhos materiais que permitam corroborar essa hipótese, também permanece no plano das conjecturas uma possível fortificação do local à época da Invasão muçulmana da Península Ibérica.
O castelo medieval
A época da Reconquista cristão da península, os domínios de Penela terão sido tomados à época da conquista de Coimbra pelas tropas de Fernando Magno (1064). No ano seguinte (1065) o monarca concedeu carta de povoamento a Penela, já então murada, e a mais quatro povoações da região. No testamento do conde Sesnando Davides (1087), a quem o soberano entregara a administração do condado Conimbricense, afirma-se ter sido o conde a povoar os domínios do Castelo de Penela ("(...) meditatem illis castellis quae ego populavi, Arauz et penella."). Acredita-se que datarão deste período as sepulturas antropomórficas no interior das muralhas, junto às escadas do castelejo.
A ofensiva muçulmana que, em vagas sucessivas (1116 e 1117), conquistou e destruiu o Castelo de Miranda do Corvo e o Castelo de Santa Eulália, causando o abandono do Castelo de Soure, integrantes da linha de defesa de Coimbra, terá ameaçado o de Penela. A perda ou abandono de sua posição explicaria a conquista que é atribuída a D. Afonso Henriques (1112-1185), em 1129, embora sem fundamentação documental. As fontes de que dispomos para o período são a Carta de Foral, outorgada pelo soberano em 1137, referindo o "castelo e seus termos", e um instrumento de doação de uma casa "dentro do castelo", com data de 1145. Tais datas colocam em questionamento a conquista de Penela pelo soberano em 1148, como pretendido pelo historiador Frei António Brandão ("Monarchia Lusitana", 1632), improvável também diante do contexto da conquista de Santarém e de Lisboa desde 1147, que empurrara a linha de defesa muçulmana para o rio Sado.
Acredita-se que date desse período uma reedificação do castelo pelo primeiro soberano, providência renovada sob os reinados de D. Sancho I (1185-1211) e de D. Dinis (1279-1325), este último responsável pela edificação da torre de menagem e da cerca da vila, que remontam ao início do século XIV. Aqui nasceu (e faleceu) o infante D. Afonso, segundo filho do soberano, que viria a reinar sob o nome de Afonso IV de Portugal (1325-1357), o que atesta a sua importância.
No contexto da crise de 1383-1385, tendo o alcaide da vila e seu castelo, o conde de Viana, tomado partido por Castela, um dia, quando saía aos campos a buscar mantimentos, foi emboscado à porta do castelo por populares. Tendo caído da montaria, um deles, que Fernão Lopes denomina como Caspirre, degolou-o. E prossegue o cronista: "os seus, quando o viram morto, fugiram todos, e os da vila tomaram logo voz por Portugal" (in Crónica de D. João I).
Posteriormente, D. Pedro, duque de Coimbra, aqui empreendeu grande campanha de obras, quando foram erguidos o paço ducal, e a Igreja de São Miguel, bem como reedificados o castelejo e a Porta da Vila. A vila ganhou ainda Carta de Feira (1433), a ser realizada anualmente no dia de São Miguel (29 de Setembro).
A vila e seu castelo foram elevados em 1465 a condado, vindo D. Afonso Vasconcelos e Meneses a ser o 1° conde de Penela. Posteriormente, os domínios da vila passariam para a Casa de Aveiro.
Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), o soberano outorgou-lhe o Foral Novo (1 de Junho de 1514), período em que são promovidas novas obras de reparo em suas defesas. Datará deste período a adaptação das muralhas à pirobalística.
Do terramoto de 1755 aos nossos dias
O castelo alcançou o século XVIII tendo perdido a sua função estratégico-defensiva. O terramoto de 1755 causou a queda da Torre de Menagem (Torre do Relógio) bem como a de uma das portas da cerca. Para a reconstrução da torre, em 1760, foi sacrificada a pedra da terceira porta do castelo. Nesse mesmo século, D. José (1750-1777) extinguiu a Casa de Aveiro, até então senhora dos domínios da povoação e seu castelo.
A antiga fortificação chegou ao século XX em estado de abandono e ruína. Encontra-se classificada como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910, publicado pelo DG nº 136, de 23 de junho de 1910. A intervenção do poder público só se fez sentir, entretanto, a partir da década de 1940, quando se iniciaram diversas campanhas de intervenção de consolidação e restauro, assim como de reconstrução, a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Desse modo, as muralhas e as ameias foram refeitas, de acordo com os remanescentes, e desmanteladas as casas entretanto adossadas às muralhas. A torre sineira, de construção setecentista, foi apeada.
A partir de 1992, e já a cargo do Instituto Português do Património Arquitectónico, procedeu-se à pavimentação dos acessos e da circulação interior do castelo, à limpeza, recuperação e consolidação das muralhas, e a beneficiação do caminho de ronda com a colocação de passadiços que permitem o percurso pedonal na quase totalidade do perímetro.
A ocupação desta fortificação resume-se na atualidade à Igreja de São Miguel e à casa paroquial/espaço museológico.
Características
Castelo de montanha, em aparelho de pedra de granito, ocupa uma área aproximada de meio hectare. Apresenta planta com o formato poligonal irregular, orgânica (adaptada ao terreno, com o aproveitamento do escarpado natural), disposta num eixo Norte-Sul, com elementos dos estilos românico, gótico e manuelino. Os panos de muralha têm alturas que varia entre os 7 e os 19 metros.
Subsistem ainda a chamada Porta da Traição ou dos Campos (a Nordeste), e os vestígios da Torre de Menagem, da qual pouco mais resta que uma porta em arco pleno e duas bombardeiras. Esta torre remonta a 1300 e erguia-se no castelejo, primitivo núcleo defensivo, reedificado nos séculos XV-XVI.
Na cerca de muralhas, que envolvia a vila medieval, rasgam-se as duas portas remanescentes: a "Porta da Vila", em arco pleno, no exterior da qual, em tempo de paz, se começou a estender o arrabalde; e a "Porta da Traição", aberta nos séculos XIII-XIV. Esta apresenta uma dupla abertura em cotovelo integrada numa torre quadrangular, testemunhando a permanência da tradição muçulmana na arquitetura militar portuguesa em fins da Idade Média. Reza a lenda local que, ao tempo da Reconquista, D. Afonso Henriques conseguiu tomar o castelo de emboscada, penetrando por esta porta, aberta pelos defensores para dar de beber ao gado. Esta saída permite contornar o castelo pelo estreito caminho de ronda entre as muralhas e o despenhadeiro de 90 metros, num percurso de onde se desfruta da ampla paisagem envolvente. Por fim, a chamada "Brecha das Desaparecidas" constitui hoje a entrada mais franca na fortificação. Aqui se abria a terceira porta, virada a sul, guardada pela torre quinária, e que ligava o arrabalde mais directamente à igreja.
O conjunto conta ainda com uma cisterna de planta quadrangular, escavada na rocha, para a recolha e armazenamento das águas pluviais.
Useful information
Free
Free
- Great view
- WC
- Information tables
- Playground
It is used by church
-
Nearby castles