Castle of Ouguela
Portalegre Portalegre Portugal
castle, chateau
Castelo de Ouguela
Portalegre Portalegre Portugal
castle, chateau
The Castle of Ouguela (Portuguese: Castelo de Ouguela) is a medieval castle erected in the civil parish of São João Baptista, municipality of Campo Maior, in the Portuguese district of Portalegre
O Castelo de Ouguela, no Alentejo, ergue-se na antiga vila de Ouguela, hoje parte da freguesia de São João Baptista, concelho de Campo Maior, distrito de Portalegre, em Portugal
Previous names
Castle of Ouguela, Castelo de Ouguela
Description
The Castle of Ouguela (Portuguese: Castelo de Ouguela) is a medieval castle erected in the civil parish of São João Baptista, municipality of Campo Maior, in the Portuguese district of Portalegre. It is classified by IGESPAR as a Site of Public Interest. Built on an escarpment, the castle dominates the village on the left bank of Abrilongo riverside, near its confluence with the Xévora river. Rebuilt by King Dinis (1279-1325), the castle received bulwark walls during the reign of King John IV (1640-1656). Its walls resembled the Spanish fortification of Alburquerque. It currently is a member of the Tourism-Promotion Plains Area. History Early history The early occupation of its site dates back to pre-Roman fort. At the time of the Roman invasion and occupation of the Iberian Peninsula, the town was designated under the name Budua. During its occupation by the Visigoths, they called it Niguela. From the eighth century Umuyyad Muslims had the town fortified. Medieval castle At the time of the Reconquista of the Iberian Peninsula, reconquest of the village and its surrounding land was finally achieved 1230, by Castilian and Leonese forces. Years later, May 28, 1255, the good-men of Badajoz county donated Ouguela and elsewhere to the Bishop of Badajoz. By the Treaty of Alcañices on 12 September, 1297, the domains of Ouguela and its castle transferred to the Crown of Portugal. The following year, King Dinis (1279-1325) in Lisbon on January 5, 1298, aimed at increasing Ouguela's settlement and defense, granted the town a charter with many privileges, with a focus on its defense. During the reign of Ferdinand starts the construction of the new fence of the village, works that continue under the reign of King John I (1385-1433). The latter, also with a view to its settlement and defense, granted the village the Couto privilege homiziados (7 December 1420). War of Independence to modern day During the War for the Restoration of Portuguese independence, the advisers to John IV (1640-1656) determined that there was a need to modernize their defenses, which won bulwark lines project in charge of the French architect Nicolau de Langres. It is from this period that the episode immortalized his defense when the Alentejo invasion by a force of 1,500 riders and 1,000 infants Spaniards coming from Badajoz under the Marquis command Torrecusa in 1644. For the achievement of Ouguela offered one traitor, João Rodrigues de Oliveira, who worked with the Spanish. During the eighteenth century, records indicate a construction started to build a bulwark, a half-bastion and a ravelin after the earthquake of 1755. With the defense thus strengthened, the garrison under the command of cavalry captain Brás de Carvalho repelled the Spanish invasion of 1762. Legal papers dating from the period between 1755 and 1803 shows the defenses consisted of a watchman, ditches and cuttings. On that date, were built under the Marquis of command de la Reine, the Sergeant Major of Engineers Maximiano Jose Serra, the scopes of Cabeço da Forca and Martyr. Although there have been designed to recover one of the towers south of the castle (1828) and the construction of a crescent to the east Access Protection (1829), the square was demilitarized in 1840. Subsequently, the West sector, defined by bulwark structures, it became a cemetery of the village. The property was classified as Property of Public Interest by decree published on August 18, 1943. The forces of nature taking its toll brought government attention. The government intervened through the National Buildings and Monuments Directorate General (DGEMN) and oversaw development campaigns in 1976, 1987, 1991 and 1994 that involved the consolidation, repairs and restoration of ramparts and the internal areas and access to the castle. Recently developed a draft protection and enhancement of the castle and fortifications Ouguela, designed by the architects Miguel Pedroso de Lima and Jose Filipe Cardoso, integrating the recovery, revitalization and enhancement of the urban centers of Ouguela (Portugal) and Albuquerque (Spain) and their fortifications. The project envisages the creation of a museum area, core research and documentation, and implementation of circuits (equestrian and pedestrian) with scenic connection Albuquerque fortification.
O Castelo de Ouguela, no Alentejo, ergue-se na antiga vila de Ouguela, hoje parte da freguesia de São João Baptista, concelho de Campo Maior, distrito de Portalegre, em Portugal. Erguido sobre uma escarpa, o castelo domina a vila, na margem esquerda da ribeira de Abrilongo, próximo à sua confluência com o rio Xévora, vizinho à raia com a Espanha. Reconstruído por D. Dinis (1279-1325), recebeu linhas abaluartadas do reinado de D. João IV (1640-1656). De seus muros observa-se a fortificação espanhola de Alburquerque. Atualmente integra a Área Turístico-Promocional de Planícies. História Antecedentes A primitiva ocupação de seu sítio remontará a um castro pré-romano. À época da Invasão romana da Península Ibérica a povoação foi designada como Budua. Ocupada pelos Visigodos, que a denominaram Niguela, estes foram sucedidos, a partir do século VIII pelos Muçulmanos, que a terão fortificado. O castelo medieval À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, terá sido definitivamente conquistada, posteriormente a 1230, por forças castelhanas e leonesas. Anos mais tarde, a 28 de Maio de 1255, os homens-bons do concelho de Badajoz doaram Ouguela e outras localidades ao Cabido e ao Bispo de Badajoz. Pelo Tratado de Alcanices (12 de Setembro de 1297) os domínios de Ouguela e seu castelo passaram a pertencer à Coroa de Portugal. Já no ano seguinte, D. Dinis (1279-1325), visando o seu povoamento e defesa, outorga-lhe Carta de Foral com muitos privilégios (Lisboa, 5 de Janeiro de 1298), determinando a reedificação de suas defesas. No reinado de D. Fernando inicia-se a construção da nova cerca da vila, trabalhos que prosseguem sob o reinado de D. João I (1385-1433). Este último, também visando o seu povoamento e defesa, concedeu à vila o privilégio de couto de homiziados (7 de Dezembro de 1420). Em 1475, à época da batalha de Toro, confrontaram-se nas suas vizinhanças o alcaide-mor de Ouguela, João da Silva, e o alcaide-mor da vila espanhola fronteira de Albuquerque, João Fernandes Galindo. Ambos vieram a perecer devido aos ferimentos recebidos: o espanhol imediatamente, tendo o português sobrevivido ainda vinte e oito dias. Em 1551, Diogo da Silva, neto do alcaide-mor de Ouguela, mandou colocar uma cruz no local do combate, atualmente no Museu de Elvas. Sob o reinado de D. Manuel I, a vila e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). O soberano concedeu-lhe Foral Novo (Lisboa, 1 de Junho de 1512). À época eram seus alcaides os Cunhas, senhores de Tábua. Da Guerra da Restauração aos nossos dias Quando da Restauração da independência portuguesa, o Conselho de Guerra de D. João IV (1640-1656) determinou a modernização das suas defesas, que ganharam linhas abaluartadas com projeto a cargo do arquiteto francês Nicolau de Langres. É deste período o episódio que imortalizou a sua defesa, quando da invasão do Alentejo por uma força de 1.500 cavaleiros e 1.000 infantes espanhóis oriunda de Badajoz, sob o comando do marquês de Torrecusa, em 1644. Para a conquista de Ouguela ofereceu-se um traidor, João Rodrigues de Oliveira, que tendo-se distinguido no Brasil à época da Dinastia Filipina, alcançou o posto de Sargento-mor. Com a Restauração, retornou a Portugal, onde, no Alentejo, passou-se para os espanhóis, recebendo, como recompensa, o posto de Mestre de Campo e o cargo de governador de Vilar de Rei. O traidor marchou sobre a praça portuguesa, à frente de seiscentos cavaleiros e outros tantos infantes escolhidos, na noite de 9 de Abril (um sábado). Entre os portugueses que andavam pilhando gado do lado espanhol, para alimento das tropas, quatro soldados da guranição de Campo Maior, percebendo o movimento de tropas, ocultaram-se e misturaram-se à retaguarda da coluna, inteirando-se dos planos do ataque. Utilizando-se de atalhos, alcançaram Ouguela duas horas antes dos atacantes, avisando o governador da praça, capitão Pascoal da Costa, dando-lhe tempo de organizar uma apressada defesa ao alvorecer. Contava este oficial com 45 homens e mais as gentes da vila, entre as quais uma mulher, Isabel Pereira, que se destacou, quer pelejando nas trincheiras, como repartindo pólvora e balas aos soldados; e retirada ao castelo ficou desacordada por algum espaço com a ferida que lhe deram, até que tornando em si, e vendo que não era perigosa, prosseguiu a pelejar com maiores brios até o fim. Os defensores resistiram à tentativa de explosão das portas do castelo, aos assaltos às muralhas e às promessas e ameaças que João Rodrigues de Oliveira dirigiu ao governador sitiado, que tinha sido cabo de esquadra e servido sob as suas ordens no Brasil. Após três horas de assalto, os espanhóis se retiraram deixando escadas nos muros, vinte mortos no campo e levando dezenas de feridos. Durante o século XVIII registram-se a edificação de um baluarte, um meio-baluarte e de um revelim (1755). Com a defesa assim reforçada, sob o comando do capitão de cavalaria Brás de Carvalho, a praça resistiu a nova invasão espanhola (1762). Uma planta e perfil de Ouguela, datada do período entre 1755 e 1803 mostra a defesa complementada por uma atalaia, fossos e estacaria. Nesta última data, eram edificadas, sob o comando do marquês de la Reine, pelo Sargento-mor de Engenheiros Maximiano José da Serra, as lunetas do Cabeço da Forca e do Mártir. Embora tenha-se projetado a recuperação de uma das torres a Sul do castelo (1828) e a construção de uma meia-lua para proteção do acesso Leste (1829), a praça foi desmilitarizada em 1840. Posteriormente, o setor Oeste, definido pelas estruturas abaluartadas, passou a funcionar como cemitério da povoação. No início do século XX ainda se observavam as guaritas circulares de tijolos nos ângulos da 2ª linha defensiva. O conjunto foi classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 18 de Agosto de 1943. A intervenção do poder público, através da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), fez-se sentir através de campanhas desenvolvidas em 1976, 1987, 1991 e 1994, envolvendo a consolidação, reparos e recuperação do castelo, dos baluartes e das áreas internas e de acesso. Recentemente desenvolve-se um projecto de salvaguarda e valorização do castelo e fortificações de Ouguela, da autoria dos Arquitectos Miguel Pedroso de Lima e José Filipe Cardoso, integrando a recuperação, revitalização e valorização dos núcleos urbanos de Ouguela (Portugal) e Albuquerque (Espanha) e respectivas fortificações. O projeto prevê a criação de uma área museológica, núcleo de investigação e documentação, e a implementação de circuitos (eqüestres e pedonais) com ligação cénica à fortificação de Albuquerque. Características Na cota de 259 metros acima do nível do mar, apresenta planta hexagonal irregular, com muralhas em pedra de granito e de xisto, misturando elementos da arquitetura militar medieval (muralhas e torreões) e moderna (baluartes, escarpas, parapeitos, revelins). A entrada, a Norte, é constituída por duas torres emparelhadas com arco de volta perfeita, porta de arco quebrado, bueira e sistema para grade. É defendida por um meio-baluarte com quatro canhoneiras e uma barbeta, apresentando orelhão direito para proteção da porta da fortaleza. Esta, armoriada, é defendida por uma casamata com sete frestas. O adarve do castelo medieval, com muretas de proteção em ambos os lados, está completo. As ameias das torres e muralhas foram substituídas por barbetas e por canhoneiras (na torre de menagem). Envolvendo o perímetro abaluartado, abre-se um fosso com reparo de traçado tenalhado e caminho de ronda. Faziam parte integrante da fortaleza, várias fortificações avançadas, nomeadamente as lunetas do Cabeço da Forca, a Sudeste, e No Mártir, a Noroeste.
Useful information
Free Free Information tables Ruins of the castle
-
Nearby castles