Castle of Melgaço
Melgaço Viana do Castelo Portugal
castle, chateau
Castelo de Melgaço
Melgaço Viana do Castelo Portugal
castle, chateau
The Castle of Melgaço is located in Vila parish, Melgaço municipality, Viana do Castelo district, in Portugal
O Castelo de Melgaço localiza-se na freguesia de Vila (actualmente União das Freguesias de Vila e Roussas), concelho de Melgaço, distrito de Viana do Castelo, em Portugal
Previous names
Castle of Melgaço, Castelo de Melgaço
Description
The Castle of Melgaço is located in Vila parish, Melgaço municipality, Viana do Castelo district, in Portugal. As the main defense of the crossing of the Alto Minho river to Galicia, it constitutes the most northern sentry point in Portugal from the twelfth century. History Medieval era The construction of the castle dates back to 1170 by order of the first King of Portugal Afonso Henriques (1112–1185). He granted a Foral charter to the town at the same time, encouraging the development of the town. Afonso III (1248–1279) granted to the village in 1258 a second Foral Charter, promising privileges to the town. In 1361 the traffic between Portugal and Galicia was required to pass through Melgaço demonstrating its importance at the time. In the context of the 1383-1385 Portuguese succession crisis, the village and its castle followed the northern region of Portugal by expressing loyalty to Beatriz. It fell into Spanish hands but in early 1387, then governed by a Spanish mayor, the town suffered the harassment of the Portuguese troops under the command of John I (1385–1433), resisting their take over for nearly two months. In 1492, Melgaço was one of only five places along the Spanish-Portuguese border where the Sephardic Jews expelled from Spain could enter Portugal. Still under the reign of King Manuel I, village defenses and its castle layout are figured in the Duarte de Armas (Book of Fortresses, c. 1509), made up of three towers and two gates. Present day It is classified as a National Monument by decree published on June 23, 1910, and the wall of the village been classified in the same way, with publication on February 19, 1926. The intervention of the government, however, only came to be felt in the 1960s, keeping the construction characteristics of the set. Recently, with the development of the village's historic core recovery projects, the keep of the castle was reclassified as a museum center, exposing the testimonies obtained by archaeological research. Architecture The castle has plant in circular shape, unusual in the country, divided into three precincts. The walls, where they tear two doors are surmounted by prismatic battlements and reinforced by three towers, the main one being that is focused on the urban core, pentagonal section. The set is dominated by the keep. The keep has a square shaped plan, isolated in the center of the parade ground. Both she and the surrounding wall were fully rebuilt, inferring to its Romanesque feature only the design of this set: a solid square tower isolated in the center of the walled enclosure. The tower is divided internally into three floors, illuminated by some chinks. The crown is made by a shot in counter with battlements, now reclassified as lookout of the archaeological museum established in the tower dependencies. Regarding the doors, they are two: the main gate to the west, larger, go to the square of weapons, which opens a cistern, where he would find the commander's residence; and the betrayal door to the north, smaller. They remain part of the Barbican on the main door and towers that flanked one of the doors of the fence. Thanks to recent archaeological research, which laid bare significant stretches of gothic fence, we can now make the idea of the original design.
O Castelo de Melgaço localiza-se na freguesia de Vila (actualmente União das Freguesias de Vila e Roussas), concelho de Melgaço, distrito de Viana do Castelo, em Portugal. Principal defesa raiana do Alto Minho no século XII, constitui-se na sentinela mais setentrional de Portugal, no trecho onde o rio Minho inicia a sua função fronteiriça, vigiando a travessia para a Galiza. História Antecedentes Não foram identificadas informações acerca da primitiva ocupação humana deste local. O castelo medieval A construção do castelo remonta a 1170, por determinação de D. Afonso Henriques (1112-1185). O primeiro documento, entretanto, a referir a povoação é a Carta de Foral que lhe foi passada pelo soberano em 1183 (e não 1181 como tem sido repetido em função de erro de transcrição), garantindo aos seus habitantes (por solicitação dos próprios) privilégios semelhantes aos que gozava o feudo galego de Ribadavia. A partir de então, a vila fronteiriça progrediu com rapidez, de tal forma que o primitivo castelo estaria concluído já no início do século XIII, dividindo-se os autores entre os anos de 1205 e de 1212, ano em que, juntamente com outras praças vizinhas, fez frente à invasão das forças do reino de Leão no contexto da disputa entre D. Afonso II (1211-1223) e suas irmãs. Contribuíram para esta campanha construtiva, além dos próprios habitantes e do apoio real, os recursos do Mosteiro de Longos Vales, em Monção, e do Mosteiro de Fiães, em Melgaço. O seu filho e sucessor, D. Sancho II (1223-1248) deixou a cargo do Concelho a nomeação do alcaide, privilégio que, D. Afonso III (1248-1279), ao conceder à vila, em 1258, um segundo foral, reivindicou novamente para a Coroa. A construção da cerca da vila, iniciada em 1245 e cujo troço oeste foi concluído em 1263, inscreveu-se numa grande campanha de obras empreendida por este soberano, que atualizou as defesas do castelo, uma vez mais com o apoio do Mosteiro de Fiães. A placa epigráfica no portão principal, assinalando este último ano, regista as identidades do responsável pelos trabalhos, o alcaide Martinho Gonçalves, e o seu arquiteto, Fernando, Mestre de Pedraria. Em 1361 o trânsito entre Portugal e a Galiza deveria ser feito, obrigatoriamente, por Melgaço, dado revelador da sua importância, à época. No contexto da crise de 1383-1385, a vila e seu castelo seguiram a tendência do norte de Portugal, mantendo o partido de D. Beatriz de Portugal (1373-1419) e de João I de Castela (1358-1390). No início de 1387, governados por Álvaro Pais Sotto-Maior, um alcaide castelhano, sofreram o assédio das tropas portuguesas sob o comando de D. João I (1385-1433), vindo a cair ao fim de uma denodada resistência de quase dois meses. Fruto desse cerco surgiu a lenda local da heroína minhota Inês Negra, uma brava mulher do povo que se juntou às tropas de D. João I contra os apoiantes de Castela. Em 1492, durante os últimos anos de reinado de D. João II (1455-1495) e ainda antes da Inquisição portuguesa se instalar no país, Melgaço era um dos cinco únicos lugares da fronteira portuguesa facultados para ingresso dos judeus sefarditas em fuga ou expulsos pela Inquisição espanhola. Anos mais tarde, já sob o reinado de D. Manuel, as defesas da vila e seu castelo foram também retratadas e figuradas por Duarte de Armas no Livro das Fortalezas, sendo integradas as três torres e as duas portas do castelo. A fortificação setecentista No século XVII, no contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, as defesas da vila sofreram obras de adaptação aos avanços da artilharia, recebendo linhas abaluartadas que envolveram o recinto medieval. Do século XX aos nossos dias Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910, tendo a muralha da vila sido classificada do mesmo modo, com publicação em 19 de Fevereiro de 1926. A intervenção do poder público, entretanto, só veio a se fazer sentir na década de 1960, mantendo as características construtivas do conjunto. Recentemente, com o desenvolvimento de projetos de valorização do núcleo histórico da vila, a torre de menagem do castelo foi requalificada como núcleo museológico, expondo os testemunhos obtidos pela pesquisa arqueológica. Características O castelo apresenta planta no formato circular, pouco vulgar no país, dividido em três recintos. As muralhas, onde se rasgam duas portas, são encimadas por ameias prismáticas e reforçadas por três torres, sendo a principal a que se encontra voltada para o núcleo urbano, de secção pentagonal. O conjunto é dominado pela torre de menagem. A torre de menagem apresenta planta de formato quadrangular, isolada ao centro do pátio de armas. Tanto ela quanto a muralha circundante, foram integralmente reconstruídas, depreendendo-se a sua característica românica apenas pelo desenho deste conjunto: uma sólida torre quadrada isolada no centro do recinto muralhado. A torre divide-se internamente em três pavimentos, iluminados por algumas frestas. O coroamento é feito por um remate em balcão com ameias, hoje requalificado como miradouro do museu arqueológico estabelecido nas dependências da torre. Subsistem parte da barbacã diante da porta principal, e as torres que a flanqueavam uma das portas da cerca. Graças às recentes pesquisas arqueológicas, que colocaram a descoberto trechos expressivos da cerca gótica, podemos hoje fazer ideia do seu traçado original.
Useful information
Free Free Great view nucleomuseologico@cm-melgaco.pt - Tha Castle houses a museum - Guided tours by request - Closed on Mondays
-
External links
Nearby castles