Forte Grande de São Mateus da Calheta
São Mateus da Calheta Açores Portugal
fortress
Forte Grande de São Mateus da Calheta
São Mateus da Calheta Açores Portugal
fortress
Fortress of São Mateus da Calheta (Portuguese: Forte Grande de São Mateus da Calheta) is a fort in the civil parish of São Mateus da Calheta, in the municipality of Angra do Heroísmo, island of Terceira, in the Portuguese archipelago of the Azores
O Forte Grande de São Mateus da Calheta, também referido como Forte da Prainha de São Mateus, localiza-se na freguesia de São Mateus da Calheta, concelho de Angra do Heroísmo, na costa sul da ilha Terceira, nos Açores
Previous names
Forte Grande de São Mateus da Calheta, Forte Grande de São Mateus da Calheta
Description
Fortress of São Mateus da Calheta (Portuguese: Forte Grande de São Mateus da Calheta) is a fort in the civil parish of São Mateus da Calheta, in the municipality of Angra do Heroísmo, island of Terceira, in the Portuguese archipelago of the Azores. History Construction of the fort of São Mateus began in 1581, after the Portuguese succession crisis of 1580, under the determination of the Corregidor of the Azores, Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos. This fort was part of a larger plan for the defense of the island drawn out by engineer Tommaso Benedetto de Pesaro, in 1567, after an attack by the French corsair Pierre Bertrand de Montluc in Funchal (October 1566), and attempt/failure by pirates to seize Angra in the same year. It was in the shadow of the fort, that the carracks from Indian trade routes would appear, making landfall for the first time. With the installation of the Captaincy General of the Azores, its state was described in the following terms (1767): Fort of Prainha of São Mateus. This is the largest (of the redoubt fortresses) that are on the west of the city of Angra and remodeled anew. It has six canons and requires another two and another six...another two with its emplacements and to garrison eight artillerymen and two auxiliaries. It was referred to as Forte da Praya de S. Matheus, in the report Revista aos fortes que defendem a costa da ilha Terceira, by adjutant Manoel Correa Branco (1776), who indicated, ...it is the best on the coast. This fort was rebuilt, and does not require reconstruction. In 1767, in his Revista dos Fortes (Review of Forts), engineer/sergeant major João António Júdice, conducted a review and expansion under orders from the Captain-General of the Azores; in his plans he referred to the fort as the largest located to the west of the city of Angra. At that time, the fort was protected by between six and eight artillery pieces and 32 auxiliaries; it had six canons, equipped with pieces in steel, all in good condition. He concluded that the fort's artillery should be reinforced with two cannons and their respective equipment. By the beginning of the 19th century, José Rodrigo de Almeida, developed a plan that included six cannons, each three in directed to the sea. Between 1828 and 1834, the fort took on a great importance during the defense of the island, owing to the Civil War, when Terceira became the headquarters of the Regency supporting Queen Maria II. During this time (1830), the fort's plan was reinforced by José Rodrigo de Almeida. The Baron of Basto, writing on the fort's condition, described it In good state. It is likely conserved owing to it being the more important along the coast; there are five canon emplacements, an area of five fathom squared, lodging for 20 squares, magazine and storehouse. By 1871, the fort was at the disposition of the Ministry of War (Portuguese: Ministério da Guerra) and summarily given to a veteran, so that he could reside with his family. Later, it was used to house the needy. Yet, by 1881, an area of approximately 483 meters squared was added to the fort, likely by the Ministry of War. The fort, under little need, was given over to the Junta Freguesia of São Mateus, in order to stage open-air concerts and cinema in the 20th century. It was during this century that the first remodeling was attempted, with work carried out by the municipal council of Angra do Heroísmo. In 2010, the area around the land-side portion of the fort was remodeled in order to appeal to tourism. Architecture A maritime fort, it is located approximately 4 kilometres (2.5 mi) west of the city of Angra do Heroísmo, along the Prainha de São Mateus, the most important southerly port on the island, as well as the principal commercial fishing port. The fort is located on a cliff formation, almost at the level of the sea, and adapted to the accented relief. To its north is the principal roadway. The strong fortification is integrated into a wider system, located along the southern coast, consisting of six redoubts that protected the parish. Constructed to defend the harbor, the fort created a crossfire zone with Fort of Biscoitinho and the Fort of Má Ferramenta. Structurally, the fort consisted of a triangle pointing towards the sea, and two half bastions facing uneven ground. Of these bastions, one was very acute and the other almost rectangular, with the internal battery. Contiguous with the fort, to the west, is a small defensive curtain, that some authors consider to be the remains of the fabled Reduto do Poço, still referenced by the end of the 18th century.
O Forte Grande de São Mateus da Calheta, também referido como Forte da Prainha de São Mateus, localiza-se na freguesia de São Mateus da Calheta, concelho de Angra do Heroísmo, na costa sul da ilha Terceira, nos Açores. Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma fortificação destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico. Cruzava fogos com o Forte do Biscoitinho e o Forte da Má Ferramenta. Este conjunto de fortes cooperava com o Forte do Negrito a oeste, e com a Bateria de São Diogo, no Monte Brasil, mais distante, a este. História Foi uma das fortificações erguidas na Terceira no contexto da crise de sucessão de 1580 pelo então corregedor dos Açores, Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos, conforme o plano de defesa da ilha elaborado por Tommaso Benedetto em 1567, após o ataque do corsário francês Pierre Bertrand de Montluc ao Funchal (outubro de 1566), intentado e repelido em Angra no mesmo ano (1566): "Não havia naquele tempo [Crise de sucessão de 1580] em toda a costa da ilha Terceira alguma fortaleza, excepto aquela de S. Sebastião, posto que em todas as cortinas do sul se tivessem feito alguns redutos e estâncias, nos lugares mais susceptíveis de desembarque inimigo, conforme a indicação e plano do engenheiro Tomás Benedito, que nesta diligência andou desde o ano de 1567, depois que, no antecedente de 1566, os franceses, comandados pelo terrível pirata Caldeira, barbaramente haviam saqueado a ilha da Madeira, e intentado fazer o mesmo nesta ilha, donde parece que foram repelidos à força das nossas armas." A seu respeito, DRUMMOND registou: "Os mais fortes que Ciprião de Figueiredo mandou edificar nos lugares já de antes designados, são os seguintes: dentro na baía da cidade, entre a mencionada fortaleza de Santo António e o Porto Novo, edificou-se outro forte; correndo para o poente, onde se chama a Prainha, outro, e todos com artilharia, fechados, e de uns a outros iam muros com seus cordões, e corredores por dentro, e com boas portas para terra. Edificou-se mais adiante a fortaleza de São Mateus, o forte da Calheta, e o do Negrito; e dali até à Serreta fizeram-se trincheiras em poucos lugares, por ser costa mui brava." Era aqui, na altura da freguesia de São Mateus, que as naus de torna-viagem das Índias, em busca do porto de Angra, salvavam pela primeira vez. Com a instalação da Capitania Geral dos Açores, o seu estado foi assim reportado em 1767: "31º - Forte da prainha de S. Matheus. Este é o maior [dos fortes e redutos] que fica[m] ao poente [da cidade d'Angra] e está reformado de novo. Tem seis canhoneiras e precisa de mais duas e peças de ferro tem seis capazes com os seus reparos bons, precisa de mais duas com os seus reparos e para se guarnecer oito artilheiros e trinta e dois auxiliares." Encontra-se referido como "33. Forte da Praya de S. Matheus" no relatório "Revista aos fortes que defendem a costa da ilha Terceira", do Ajudante de Ordens Manoel Correa Branco (1776), que apenas assinala: "(...) hé dos milhores da costa desta Ilha. Este Forte achase reedificado todo de novo, e náo careçe de obra algua." No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) voltou a revestir-se de importância estratégica, constando o seu alçado e planta ("Forte grande em S. Matheus") na "Colecção de Plantas e Alçados de 32 Fortalezas dos Açores, por Joze Rodrigo d'Almeida em 1830". A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 informa que se encontra em bom estado de conservação, e observa: "Deve ser conservado por ser o mais importante da costa; tem cinco canhoneiras, uma área de cinco braças quadradas, alojamento para vinte praças, paiol e caza para palamenta." De acordo com o tombo de 1881, encontrava-se à disposição do Ministério da Guerra, entregue à guarda de um veterano, que aí residia com a sua família. Posteriormente foi utilizado como habitação por pessoas carenciadas, o que evitou a sua ruína por abandono. À época em que projecionistas de cinema ambulantes percorriam as freguesias da ilha, o seu recinto foi utilizado como cinema ao ar livre. Abrigou ainda a sede da Junta de Freguesia de São Mateus. Depois de passar do Estado para património da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, foi recuperado com o apoio da Direção Regional da Cultura. Foi cedido pela autarquia para ser utilizado pela Associação do Defesa do Ambiente Gê-Questa - que aqui instalou um Centro de Estudos do Mar e um Núcleo Museológico do Mar -, e pelo grupo folclórico "Modas da Nossa Terra".
Useful information
Free Free Great view Ruins of the fort
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