Forte de São Miguel Arcanjo
Nazaré Leiria Portugal
fortress
Forte de São Miguel Arcanjo
Nazaré Leiria Portugal
fortress
The Fort of São Miguel Arcanjo (St
O Forte de São Miguel Arcanjo, também referido como Forte do Morro da Nazaré ou simplesmente Forte da Nazaré, localiza-se na vila, freguesia e concelho da Nazaré, em Portugal
Previous names
Forte de São Miguel Arcanjo, Forte de São Miguel Arcanjo
Description
The Fort of São Miguel Arcanjo (St. Michael the Archangel) is situated in Nazaré, Leiria District, Portugal. It was first constructed in 1577 but has undergone remodeling and expansion on several occasions since then. The fort is a popular tourist site, particularly because of its proximity to a surfing area famous for the height of its waves. It now functions as both a lighthouse and a museum, which is devoted in part to surfing.
History
The Fort of São Miguel Arcanjo is built on cliffs, surrounded by the sea to the north, west and south. A primitive fort was initially constructed in 1577 under the orders of King Sebastian I of Portugal, with the intention of defending the fishing, shipbuilding and wood trading activities of Nazaré from attacks by Algerian, Moroccan, Dutch and Norman pirates. By 1595 it was equipped with four pieces of artillery. Further work was carried out between 1639 and 1641, when the number of artillery pieces was increased to six. The fort was again upgraded in 1644, under the instructions of King John IV, at which time it acquired its current shape and was given its name. It has an irregular plan, which was necessary to adapt it to the outline of the promontory on which it is built. On the portal above the entrance, King John ordered a limestone image of St. Michael the Archangel to be placed, with the caption "EL REY DOM JUAN-1644".
During the French invasion of Portugal it was occupied in 1807 or 1808 by a detachment of 50 men, after its artillery pieces had been removed to the Citadel of Cascais to provide protection for Lisbon. The French were imprisoned by the local inhabitants after a group of students succeeded in persuading the invaders to surrender, convincing them that the Portuguese had received reinforcements. At the same time people from Nazaré travelled south by boat to Cascais in search of armaments, which enabled them to repel the French reinforcements that were heading from Peniche to the north, to aid the French garrison. The fort became a landmark of popular revolt but, later, the French invaders returned to the area, killing inhabitants and burning houses and boats in reprisal.
In 1831 the fort housed a military detachment, supported by two 12-gauge pieces, but these were transferred to Peniche in 1833. The fort was the site of skirmishes in the Liberal Wars, or Portuguese Civil War, involving fights between supporters of the two royal brothers, King Pedro IV and King Miguel I. After the departure of D. Miguel I to exile, in July 1834, the stone image of St. Michael the Archangel at the fort was attacked by the supporters of Pedro and thrown down the walls to the beach. Although subsequently restored to its original position, it remains unrepaired. After this the fort became privately owned until it was expropriated by the state in 1902.
Lighthouse
In 1903 a lighthouse and a house for the lighthouse keeper were installed, primarily to assist local fishermen. The lighthouse began operations on December 1, 1903. It now consists of a lantern painted red with a height of 8 metres, having a white light and a range of 14 nautical miles, at an altitude of 50 metres above sea level. There is also a foghorn. In 1907 works of restoration of the walls were carried out and further work on the walls was begun in 1941. Work to conserve the main gate and waterproof the terrace was done in 1977. Drainage work was carried out in 2005-06. Although currently well preserved, the structure is threatened with collapse due to the advanced erosion of the cliffs on the south side.
Museum
The museum area of the fort has been open to the public since 2014. It contains an exhibition regarding the German submarine U-963, which was scuttled off Nazaré on 20 May 1945. There is also an Interpretation Centre, which describes the impact of the Nazaré Canyon just off the coast of Nazaré, which is believed to be the largest canyon in Europe, having a maximum depth of at least 5,000 metres, and is the cause of the high waves that make Nazaré a popular surfing destination.
O Forte de São Miguel Arcanjo, também referido como Forte do Morro da Nazaré ou simplesmente Forte da Nazaré, localiza-se na vila, freguesia e concelho da Nazaré, em Portugal.
Ergue-se em posição dominante sobre a praia da Nazaré, afamado e tradicional ponto de pesca, santuário e balneário, no litoral português.
Aberto ao público desde 2014, conta com uma das mais enigmáticas vistas sobre a Vila da Nazaré e é um dos locais favoritos para os entusiastas das ondas gigantes.
História
A construção deste monumento de estilo maneirista teve início no reinado de D. Sebastião, em 1577, visando a defesa da enseada dos ataques dos piratas argelinos, marroquinos, holandeses e normandos que investiam sobre o litoral atlântico. Em 1644, e devido ao seu posicionamento, o rei D. João IV, o Restaurador, ordenou a sua remodelação e ampliação. Como sentinela vigilante da fortaleza ficou S. Miguel Arcanjo, padroeiro de muitos santuários, construídos geralmente em lugares elevados. Na fachada do forte, sobre o portal da entrada, D. João IV, mandou colocar uma imagem em pedra calcária de São Miguel Arcanjo, com a legenda “ELREY DOM JUAN-1644” data que assinala o ano da sua construção.
O Forte sobreviveu às Invasões Francesas, onde se refugiaram os soldados inimigos que combateram contra a população do Sítio e da Pederneira. Os invasores só foram expulsos do nosso país em 1811, tornando-se este monumento um marco da revolta popular e da autonomia dos nazarenos.
A fortaleza fez parte da história das Lutas Liberais. Por esta época, a Nazaré e o Forte, foram palco de pequenas escaramuças entre os partidários de D. Pedro IV e de D. Miguel. Em 1830, D. Miguel enquanto rei, visitou o Sítio e a Praia da Nazaré, onde foi recebido em ambiente de festa, visitando o Forte de S. Miguel Arcanjo, que no ano seguinte viria a ter alguns consertos, um novo altar para o seu padroeiro e uma nova calçada de acesso. Após a partida de D. Miguel para o exílio, em 1 de Julho de 1834, como reflexo das lutas entre liberais e absolutistas, a imagem de pedra de S. Miguel, que figurava sobre a porta, sofreu um grave atentado. A escultura foi alvo de actos de vandalismo, por parte dos liberais, que a retiraram do seu retábulo, e a deitaram pelas muralhas para o areal da praia. Ainda hoje ela se encontra mutilada e constitui um testemunho dos motins entre os absolutistas e liberais nesta região.
No início do século XX, já sem função militar, os pescadores fizeram sentir ao governo a necessidade de ali se instalar um farolim e uma casa para o faroleiro, para apoio da actividade piscatória. Em 29 de Outubro de 1903, foram efectuadas obras de consolidação e restauro para a instalação do farol no Forte. Finalmente a 1 de Dezembro de 1903 começa a funcionar uma luz de porto instalada no Forte de S. Miguel Arcanjo.
A primitiva estrutura
A primitiva defesa do local remonta ao reinado de D. Sebastião (1557-1578), que ali determinou erguer uma fortificação para defesa do povoado piscatório no monte da Pederneira (1577), por cujo porto era escoada a madeira do Pinhal d’El Rey (Pinhal de Leiria) e cujos estaleiros já possuíam importância econômica de vulto à época.
A Dinastia Filipina: o projecto de Casale
Essas obras, entretanto, só ganhariam impulso durante a Dinastia Filipina, quando o rei D. Filipe II (1598-1621), por volta do ano de 1600, determinou reconstruir a primeira fortaleza de acordo com planta do falecido engenheiro militar e arquitecto Giovanni Vicenzo Casale. Ainda em construção, um corsário neerlandês penetrou no porto de Pederneira e apresou uma embarcação portuguesa com carga de madeira de pinho e uma nau de Biscaia que transportava ferro, vinho e armas (1611).
A actual estrutura: a reforma bragantina
Necessitando de reparos no início do século XVII, à época da Guerra de Restauração da independência portuguesa a Coroa determinou a sua modernização e ampliação (1644), quando adquiriu a sua actual conformação.
A Guerra Peninsular: ocupação e resistência
Após as suas peças de artilharia terem sido removidas para a Praça-forte de Cascais, a partir de 1807 foi ocupado pelas tropas napoleônicas durante a Guerra Peninsular, com um destacamento de 50 soldados das forças do general Junot. Este efetivo foi expulso pela população local no ano seguinte, tendo se destacado na ocasião um grupo de seis estudantes que, com a farda do Batalhão Académico de Coimbra, tentaram convencer os invasores que tinham recebido reforços. Indo a Cascais em um batel, à procura de armamento, lograram repelir os reforços inimigos que, da Praça-forte de Peniche, acorriam em socorro da guarnição do forte. Posteriormente os invasores franceses retornaram à região, matando os seus habitantes e incendiando casas e embarcações nas povoações da Nazaré, de Pederneira e do Sítio, em represália.
A partir de 1855 a sede do Concelho foi transferida de Pederneira para Nazaré.
A actualidade
No alvorecer do século XX, em 1903, foi instalado um farol nas suas dependências, com a função de auxílio à navegação naquele trecho do litoral.
Entre 1907 e 1941 registraram-se trabalhos de restauração no monumento.
Embora actualmente bem conservada, a estrutura encontra-se ameaçada de desabamento em virtude do avançado processo erosivo que a solapa pelo lado do mar.
Características
Fortificação marítima em estilo maneirista, apresenta planta irregular orgânica (adaptada ao promontório rochoso sobre o qual assenta), com um baluarte em cada vértice. As muralhas, em aparelho de pedra irregulasr com cantaria nos vértices, apresentam contrafortes, abrigando oito dependências que atendiam as funções de Quartel da Tropa, Casa do Comando, Paiol e Armazéns. No segundo piso, localiza-se a Praça de Armas.
Encimando o portão monumental, sob um lintel, destaca-se uma imagem em baixo-relevo de São Miguel Arcanjo, patrono do forte, e uma inscrição: "El-Rey Dom Joam o Quarto – 1644", ambas atualmente bastante desgastadas.
No ano de 1901 ou de 1902, iniciou-se um processo para a expropriação do forte, tendo em seguida se procedido à reconstrução parcial de um baluarte danificado, para nele instalar o Farol da Nazaré (1903), activo até hoje, com um alcance luminoso de quinze milhas náuticas, completado por um sinal sonoro de aviso em dias de nevoeiro intenso.
Useful information
Free
1.00 EUR
Free
Panoramic view
It is used as a lighthouse and has a surfing museum
-
External links
Nearby castles